O deputado federal Fernando Mineiro (PT) apresentou uma proposta sobre como o PT deve se conduzir no Rio Grande do Norte caso o vice-governador, Walter Alves, decida não assumir o Governo após a renúncia da governadora Fátima Bezerra, prevista para 31 de março de 2026.
Mineiro explicou que, mesmo que Walter não assuma, a renúncia de Fátima acontecerá de qualquer forma, já que ela cumprirá uma missão dada pelo presidente Lula e pelo próprio PT, que pretende priorizar a eleição para o Senado. Fátima é considerada uma das pré-candidatas com reais chances de conquistar uma das vagas destinadas ao Rio Grande do Norte.
Ao detalhar sua proposta, Mineiro afirmou que, caso Waltinho não assuma — e considerando que Ezequiel Ferreira também não assumiria — o governo ficaria sob responsabilidade da presidência do Tribunal de Justiça do RN, que teria 30 dias para convocar eleições indiretas.
“Eu defendo que nosso grupo político apresente o nome de Cadu Xavier para essa eleição indireta. Assim, ele assumiria o Governo até o fim do mandato e seria candidato à reeleição. Com isso, ficaria muito claro também que não existe bomba fiscal nenhuma armada para quem vai assumir o governo”, defendeu o deputado.
Mineiro destacou ainda que acredita ser possível um diálogo com Walter Alves e Fátima Bezerra para se chegar a um entendimento. No entanto, caso o vice realmente não assuma, ele adiantou que vai defender no partido a indicação de Cadu Xavier para ser votado na Assembleia.
A proposta foi apresentada durante entrevista ao programa Mais Política, da Rádio Difusora, nesta sexta-feira. Mineiro lembrou que a legislação prevê que, na eleição indireta, onde quem escolhe são os 24 deputados estaduais, qualquer cidadão pode ser votado, não sendo necessariamente obrigado que seja escolhido um deputado estadual.
A defesa de Mineiro pelo nome de Cadu representaria uma verdadeira virada de mesa na sucessão estadual de 2026. Caso Cadu assuma o Governo, mesmo que de forma provisória, ganharia força extra em seu projeto de disputar o comando do Estado a partir de 2027. É possível, portanto, que, diante de um cenário favorável à eleição indireta, o PT feche questão em torno de Cadu e busque executar esse planejamento.





