Muita gente tem especulado sobre Walter Alves como futuro governador do Rio Grande do Norte a partir de 31 de março de 2026. Os boatos são variados — desde rumores de que ele pode rever a decisão de não disputar o Governo, até suposições de que Walter pretende promover uma “limpa” administrativa no time da governadora Fátima Bezerra.
Enquanto alguns alarmistas, em busca de likes, criam teorias da conspiração e falam em planos secretos, a realidade é mais simples e transparente do que parece. Walter Alves não será candidato ao Governo por um motivo claro: optou por priorizar um projeto de fortalecimento do MDB, em vez de um projeto pessoal.
E qual é o cálculo político? Pesquisas qualitativas feitas no início do ano mostram que, se disputasse o Governo, Walter teria uma disputa de altíssimo risco. As chances de não se eleger eram enormes.
Por outro lado, o MDB está focado em montar uma chapa forte para deputado federal, com nomes como Carlos Eduardo Alves, Jean Paul Prates, Kelps Lima, Abraão Lincoln e o próprio Ezequiel Ferreira. A expectativa é que, com a ampliação de 8 para 10 vagas na Câmara Federal, o partido consiga eleger dois deputados.
A indefinição de Ezequiel Ferreira sobre disputar a Câmara também depende dessas duas variáveis: a aprovação da ampliação das vagas e o fechamento de acordos com Carlos Eduardo e Kelps. Ele e Walter têm como meta montar uma nominata forte para a Câmara e para a Assembleia Legislativa.
O MDB projeta apresentar um “chapão” para estadual, com nove deputados de mandato e outros pré-candidatos competitivos, com expectativa de eleger a maior bancada entre todos os partidos.
Enquanto muitos enxergam mistério, o que existe é uma articulação prática. Walter Alves não vai disputar o Governo porque o caminho escolhido já está em curso, com alianças firmadas e um projeto político bem definido. Simples assim, sem segredo.