Styvenson, Rogério e Allyson expõem disputa pelo apoio de Paulinho Freire

Evento 1 — No fim da manhã desta quarta-feira, o senador Styvenson Valentim publicou em suas redes sociais uma foto (veja foto acima) ao lado do prefeito de Natal, Paulinho Freire, e do senador Rogério Marinho. A legenda da imagem foi clara: “Juntos e alinhados”.

Evento 2 — Quase simultaneamente, a imprensa recebeu a informação de que a vereadora Nina Souza, esposa de Paulinho Freire, teria confidenciado a algumas pessoas que foi sondada por Rogério Marinho para ser sua vice em uma possível chapa ao Governo do Estado em 2026.

Evento 3 — Em entrevista à Rádio 96 FM, em Natal, o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra, deu a entender que a missão de tratar com Paulinho Freire, dentro do União Brasil, seria do ex-senador José Agripino. A fala sugere que Agripino teria a missão de convencer Paulinho a apoiar o projeto de candidatura própria do partido ou tentar atrair o PL para essa composição — garantindo a permanência do prefeito de Natal na aliança.

Esses três eventos, ocorridos praticamente ao mesmo tempo, giram em torno de uma mesma questão: a posição política de Paulinho Freire em relação às eleições de 2026.

A análise permite três conclusões principais:

  1. A preço de hoje, Paulinho Freire está no projeto de Rogério Marinho — seja pela foto com Styvenson, seja pela declaração de Nina. O alinhamento é evidente.
  2. A fala de Allyson revela uma tentativa de reverter esse alinhamento, com José Agripino incumbido da missão.
  3. Essa missão envolve convencer Rogério a desistir da candidatura ao Governo para apoiar um projeto liderado por Allyson.

Já as deduções possíveis são:

  1. Se Nina foi sondada por Rogério para ser vice e ainda assim continua focada na pré-candidatura a deputada federal, é porque nem ela nem Paulinho confiam na viabilidade da candidatura de Rogério.
  2. Ao posar na foto com Rogério e Styvenson e aprovar a legenda “juntos e alinhados”, Paulinho sinalizou publicamente sua escolha.
  3. O fato de Allyson depender de Agripino como interlocutor mostra que, neste momento, ele não tem acesso direto e eficaz a Paulinho.

Conclusão geral: A oposição no Rio Grande do Norte ainda está longe de consolidar uma união. Os movimentos atuais mostram divergências internas e falta de coesão em torno de um projeto comum.

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