União da oposição passaria por um golpe em Zenaide. Allyson aceitaria o sacrifício da aliada?

Nos comentários do blog e nas redes sociais, vejo vários leitores se perguntando se o prefeito Allyson Bezerra vai segurar na mão de Zenaide Maia e enfrentar as frituras que virão — especialmente do PL — caso se abra a possibilidade de os liberais se unirem ao União Brasil em um único palanque.

O que todos sabem é que o PL não aceita, em hipótese alguma, Zenaide Maia no mesmo palanque. O senador Styvenson Valentim também rejeita a ideia de fazer dobradinha com ela. Diante desse veto explícito, a pergunta que se coloca é: Allyson vai bancar Zenaide na chapa ou irá sacrificá-la em nome de uma aliança com o bolsonarismo?

Já afirmei aqui que Zenaide fez sua escolha e foi clara: ela vai recusar o convite feito pelo PT para uma dobradinha com Fátima Bezerra e permanecerá no palanque de Allyson. A decisão está tomada. O PT sabe disso e não reage, porque Lula precisa do voto de Zenaide no Congresso. Por isso, o partido finge que não está vendo.

O que se espera de Allyson é que ele mantenha sua posição e defenda Zenaide. Talvez nem seja necessário, caso a união da oposição se mostre impossível. Mas, se por acaso essa aliança avançar e a condição imposta for o sacrifício de Zenaide, o dilema será inevitável.

É claro que a decisão envolverá perdas e ganhos, ônus e bônus. Mas pegaria muito mal se o prefeito entregasse a aliada aos leões. É provável que ele não faça isso. Ainda assim, o questionamento persiste, e há muita gente observando com curiosidade para ver como essa questão será resolvida.

O cenário mais provável hoje é a existência de três palanques. Uma eventual união da oposição, se ocorrer, só deve vir no segundo turno. E, até lá, a eleição para o Senado já terá acontecido, os eleitos já estarão definidos — e será uma outra história.

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