União Progressista faz reunião, evita discutir pontos polêmicos e só rende uma foto oficial

A reunião realizada na manhã desta segunda-feira, em Natal, com a cúpula da federação União Progressista (PP e União Brasil), cumpriu apenas a formalidade de gerar uma fotografia para as redes sociais. Na prática, não houve avanços em pontos estratégicos nem nas questões internas mais polêmicas.

São muitos os impasses ainda pendentes dentro da federação. Um deles envolve o prefeito Paulinho Freire, que não esconde seu apoio ao palanque do senador Rogério Marinho. Também há o caso da deputada Carla Dickson, que está de malas prontas para se filiar ao PL.

Outro nó a ser desatado é a formação das nominatas federal e estadual. Os atuais deputados estaduais do União Brasil resistem à entrada de pré-candidatos com alto potencial de votos. Se depender desse grupo, pode haver uma espécie de veto à pré-candidatura de Cinthia Pinheiro, esposa do prefeito Allyson Bezerra, que se articula com base em Mossoró.

Na chapa federal, PP e União Brasil ainda divergem sobre a estratégia de composição. O PP, que conta com dois deputados de mandato, quer preservar os atuais parlamentares; já outro grupo defende a inclusão de nomes mais competitivos, mesmo que isso represente riscos à reeleição dos mandatários.

Há ainda o debate em torno da senadora Zenaide Maia e a eventual aliança com o PSD. Enquanto Allyson Bezerra quer garantir uma vaga para Zenaide na chapa, parte do grupo prefere manter aberta a possibilidade de aliança com o PL, o que deixaria Zenaide e seu grupo de fora.

A escolha do nome para vice-governador é mais um ponto de incerteza. O PP considera que a indicação deve partir do próprio partido, mas, caso o PL se una à aliança, é natural que também reivindique a vaga.

Diante de tantas indefinições, a única coisa que a reunião desta segunda-feira efetivamente produziu foi uma foto oficial com todos sorrindo. Os impasses seguem em aberto — e longe de serem resolvidos.

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