Fogo amigo: Styvenson cria uma sombra incômoda para Rogério Marinho

Ficou uma perguntinha no ar durante a entrevista de Styvenson Valentim, quando ele afirmou que, se Rogério Marinho não for candidato ao governo, ele próprio assumiria a candidatura. A pergunta é inevitável: isso foi combinado com Rogério? Acho que não.

Acredito que não foi, porque Styvenson responde logo em seguida, ao ser questionado pelo repórter se estava conversando com o senador Rogério Marinho, dizendo que “muito pouco nos últimos tempos”.

A pergunta é pertinente, porque Styvenson acabou despejando um caminhão de dúvidas sobre a já combalida candidatura de Rogério ao Governo do Estado. Ao se declarar como possível substituto na cabeça da chapa, caso Rogério desista, ele não lançou apenas uma hipótese remota. A forma como o senador tratou o assunto foi como um calço colocado bem dentro do sapato de Rogério.

Mesmo que essa hipótese não se concretize, a sombra de Styvenson vai pairar. Quando as pesquisas mostrarem Rogério atrás de Allyson na corrida para o governo e Styvenson liderando para o Senado, não faltarão vozes para dizer: “se fosse Styvenson o candidato ao governo, ele ganhava a eleição”.

A possibilidade que Styvenson jogou na prateleira — a de substituir Rogério na cabeça da chapa — agora vai ficar no ar, infestando o ambiente, provocando desconforto, sendo lembrada, cutucada, ventilada. Ou seja: impregnada por toda a pré-campanha. Rogério que lide com o odor.

E tem mais: como Styvenson é um forte concorrente de Allyson nas redes sociais, sua visibilidade será sempre maior. Vai haver comparação o tempo todo.

Por isso, a pergunta precisa ser feita: isso tudo foi combinado com Rogério? Porque, se não foi, certamente causou incômodo na parceria.

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