O deputado Ubaldo Fernandes esfriou as expectativas sobre sua filiação ao MDB, condicionando-a ao cumprimento de promessas feitas por Walter Alves. O compromisso seria montar uma “esteira” que garanta votos suficientes para reeleger os sete deputados já de mandato. A ideia é formar uma nominata de 25 nomes, o chamado “chapão”. Sem essa segurança, Ubaldo e outros parlamentares podem buscar alternativas na próxima janela partidária.
Carlos Eduardo Alves busca diálogo com Gilberto Kassab, via Zenaide Maia, para discutir seu futuro político. Ele pretende avaliar se o PSD apoiará sua possível candidatura ao Governo do RN em 2026. Caso não haja espaço para o Executivo, quer viabilizar uma nominata competitiva para deputado federal. O sucesso das articulações dependerá do apoio financeiro do PSD nacional.
Em três dias, duas pesquisas — Paraná Pesquisas e Agora Sei — mostraram queda de Allyson Bezerra na corrida para 2026. No levantamento da Paraná, ele caiu de até 37,8% em fevereiro para cerca de 30% agora. Já no Agora Sei, Allyson perdeu em média 5 pontos em todos os cenários. Rogério Marinho, por sua vez, manteve estabilidade. O recuo está acima da margem de erro e desenha uma linha de tendência que merece atenção da campanha de Allyson.
A pesquisa Agora Sei/96 FM ouviu 2.000 eleitores entre 6 e 11 de setembro no RN. Allyson Bezerra lidera todos os cenários para o Governo, chegando a 39,3%, enquanto Rogério Marinho não consegue herdar votos de Álvaro e Styvenson. Álvaro Dias surpreende ao aparecer à frente de Rogério em um dos quadros. Para o Senado, Styvenson Valentim segue na liderança, com Fátima Bezerra e Zenaide Maia disputando a segunda vaga. O desempenho fraco de Zenaide no primeiro voto chama atenção.
A governadora Fátima Bezerra iniciou a transição de governo com o vice Walter Alves, que assumiu interinamente durante sua viagem à França. Segundo o secretário de Fazenda, Cadu Xavier, o processo já está em execução com reuniões e consultas frequentes ao vice. Walter ganhou protagonismo em pastas estratégicas como Fazenda e Administração. O objetivo é prepará-lo para assumir o governo do RN em abril de 2026.
Apesar do anúncio do desembarque do governo Lula em 2 de setembro, União Brasil e PP ainda não entregaram seus ministérios nem cargos federais. Ministros das duas siglas seguem no comando de Turismo, Integração, Comunicações e Esporte. Órgãos estratégicos como DNOCS, Codevasf, Sudam e Caixa também continuam sob influência partidária. Até agora, a ruptura se limitou ao discurso, sem impacto real na ocupação do poder.

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