Os prefeitos Paulinho Freire e Allyson Bezerra enfrentam resistência em seus partidos após lançarem os nomes de suas esposas, Nina Souza e Cinthia Pinheiro, para as eleições de 2026. Em ambos os casos, o movimento provocou insatisfação entre aliados e pré-candidatos que se sentiram prejudicados. A situação revela o padrão da política familiar, em que líderes tentam perpetuar o poder dentro de casa, contrariando o discurso de renovação que costumam defender.
Durante muito tempo, Rogério Marinho parecia distante de uma candidatura ao Governo do Estado, priorizando o cenário nacional e apostando em um espaço na chapa presidencial do bolsonarismo. Hoje, o cenário mudou. Fora do jogo em Brasília, ele precisa manter relevância política no Rio Grande do Norte. A disputa estadual, além de estratégica, é uma forma de sustentar sua liderança e preparar terreno para o futuro. Com isso, Rogério se consolida como nome certo na corrida pelo Governo em 2026.
A pesquisa do Instituto Media em parceria com o site O Potengi mostra equilíbrio entre Allyson Bezerra (33,2%) e Rogério Marinho (31,3%) na disputa pelo governo do RN, com Cadu Xavier distante, com 12,3%. Em cenário alternativo, com Styvenson Valentim no lugar de Rogério, o senador dispara e abre mais de 16 pontos sobre Allyson. O resultado indica que Styvenson seria hoje o principal desafio eleitoral para o prefeito de Mossoró. O senador, contudo, mantém sua pré-candidatura ao Senado.
Pesquisa do Instituto Media em parceria com o site O Potengi revela que Styvenson Valentim lidera com ampla vantagem a corrida pelo Senado no RN, com 52,10% das intenções de voto somadas. Fátima Bezerra aparece em segundo lugar, com forte crescimento impulsionado pelo segundo voto. Zenaide Maia e Álvaro Dias estão tecnicamente empatados. Já Carlos Eduardo tem desempenho fraco, com apenas 8,95%. O cenário indica Styvenson consolidado e Fátima cada vez mais próxima da segunda vaga.
A vereadora Nina Souza deve deixar o União Brasil e se filiar ao Partido Liberal (PL) para disputar uma vaga na Câmara Federal. A decisão tem o aval do senador Rogério Marinho e do prefeito Paulinho Freire. Como vereadora, Nina precisa de carta de anuência para mudar de partido, já que não pode usar a janela partidária de 2026. A movimentação causa resistência tanto no União Brasil, que vê sua saída como conveniente, quanto no PL, onde sua chegada é vista como uma ameaça eleitoral. O impasse deve gerar novas articulações políticas nos dois grupos.
A crescente desconstrução da imagem do prefeito Allyson Bezerra, em contraste com o fortalecimento midiático de Paulinho Freire. Cercado por uma bolha e intolerante a críticas, Allyson controla rigidamente os veículos parceiros e se distancia da espontaneidade que antes o favorecia. O desgaste com a mídia local e o aumento das críticas comprometem sua reputação. Às vésperas de uma eleição estadual, a percepção negativa fora de Mossoró pode ser decisiva. Enquanto isso, o prefeito se mantém preso à bolha, ignorando os sinais de desgaste que se acumulam.

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