A definição dos vices para 2026 começa a ganhar força no cenário político do RN. No PL, a indicação deve vir do prefeito Paulinho Freire, embora ainda sem nomes definidos. Na chapa de Allyson Bezerra, o PP deve indicar a vice, com João Maia já apontando Shirley Targino como favorita. No governismo, o MDB tem a prerrogativa de escolher, com Marianna Almeida já convidada, mas sem resposta confirmada. Além disso, o partido poderá indicar também um nome ao Senado. As conversas avançam e os palanques começam a tomar forma.
A governadora Fátima Bezerra defende que seu pré-candidato ao governo, Cadu Xavier, chegará ao segundo turno em 2026, apoiada na força da polarização política nacional. O campo conservador e o progressista devem novamente dominar a disputa no RN. O desempenho dos governos Lula e Fátima será determinante para consolidar ou enfraquecer a candidatura de Cadu. Embora apareça com baixa pontuação nas pesquisas, a tendência é que cresça ao longo da campanha. Para Fátima, trata-se de uma lógica eleitoral, não de uma aposta arriscada.
O episódio de 2006, quando Rosalba Ciarlini venceu Fernando Bezerra impulsionada pela votação em Mossoró, mostra como a cidade pode ser decisiva em eleições estaduais. Em 2024, Allyson Bezerra obteve maioria de 86 mil votos em relação aos adversários, resultado que, se repetido em 2026, dará vantagem expressiva. Rogério Marinho e Cadu Xavier precisarão definir estratégias para reduzir esse impacto, seja com um vice local ou nomes de Mossoró na chapa, evitando repetir o erro histórico de 2006.
Sete pesquisas recentes sobre o Governo do RN em 2026 mostram Allyson Bezerra sempre na liderança, com média de 34,4% das intenções de voto. Apesar do desempenho inicial próximo a 40%, os números oscilaram para baixo nas rodadas seguintes. O prefeito conta com cerca de um terço do eleitorado consolidado, mas enfrenta dificuldades para avançar além desse patamar. Ampliar o apoio exigirá mais estratégias de convencimento e esforço de campanha, já que o crescimento espontâneo parece ter se estabilizado.
A disputa de 2026 no Rio Grande do Norte envolve três palanques principais, que precisarão apresentar seis candidatos ao Senado. O bloco conservador já tem a dobradinha formada com Styvenson Valentim e Álvaro Dias. O governismo, após a saída de Zenaide Maia, busca um nome — possivelmente do MDB e de Mossoró — para compor com Fátima Bezerra. Na terceira via, Allyson Bezerra apoia Zenaide, enquanto o União Brasil deve indicar o segundo nome. Completar as chapas será decisivo para evitar perda de votos e fortalecer cada grupo político.
As redes sociais já funcionam como palco principal da pré-campanha no Rio Grande do Norte. Benes e Robinson seguem estilo tradicional, enquanto Zenaide Maia aposta em linguagem mais jovem com nova equipe. Styvenson foca em prestação de contas e Allyson amplia presença estadual, além das ações como prefeito. Cadu Xavier se vincula a Lula, enquanto Rogério Marinho prioriza pautas nacionais, quase ignorando o RN. No geral, todos intensificaram a produção digital, transformando o ambiente virtual no verdadeiro palanque de 2026.

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