Em 2025, o RN receberá R$ 1,04 bilhão em emendas parlamentares. No entanto, os parlamentares transformaram emendas coletivas em instrumentos de uso individual. Com ações genéricas como prioridade, cada um indica livremente o destino da verba. A consequência: obras estruturantes desaparecem e o destino do dinheiro vira um mistério.
Rogério Marinho viu seu projeto de integrar uma chapa presidencial pelo bolsonarismo enfraquecer consideravelmente. Embora tenha tido seu nome incluído em pesquisa nacional a pedido de Bolsonaro, o desempenho decepcionante esfriou qualquer entusiasmo. Com Tarcísio cotado para ser o candidato e um Bolsonaro como vice, sobram poucas alternativas viáveis. O máximo que Rogério pode alcançar é um posto técnico no partido, sem protagonismo. A tendência é que dispute o Governo do RN em 2026.
Se as convenções partidárias ocorressem hoje, União Brasil e PP lançariam Allyson Bezerra ao governo do RN, sem o apoio de Paulinho Freire, que estaria no palanque de Rogério Marinho. Embora Paulinho pudesse apoiar o PL sem deixar seu partido, sua esposa, Nina Souza, enfrentaria um dilema. Como pré-candidata a deputada federal pelo União Brasil, ela não teria liberdade para apoiar outro majoritário sem mudar de sigla. Para apoiar Rogério, Nina teria que se filiar ao PL. E isso exigiria o aval do UB, já que vereadores não têm direito à janela partidária.
Lula e Bolsonaro enfrentam um mesmo dilema: aceitar a retirada gradual da vida pública ou se rebelar contra um jogo político conduzido por forças discretas, mas influentes. Ambos receberam propostas de "salvação", que implicam abrir mão do protagonismo. Bolsonaro teria que apoiar Tarcísio e aceitar a aposentadoria forçada. Lula, por sua vez, manteria alianças frágeis e aguardaria a derrota em 2026. O cenário aponta para um novo eixo político que tenta reconfigurar o poder no país
Enquanto se discute a possível desistência de Rogério Marinho para unir a oposição, Styvenson Valentim pode mudar o jogo. O senador já declarou que, caso Rogério saia, poderá disputar o Governo. Pesquisa da Paraná Pesquisas mostrou Styvenson na frente de Allyson Bezerra em um dos cenários. Ele comanda dois partidos — PSDB e Podemos — e tem estrutura para bancar a candidatura. Ignorar esse movimento pode ser um erro estratégico da oposição.
Kelps Lima, Carlos Eduardo, Rafael Motta e Abraão Lincoln formaram um grupo que busca montar uma chapa para deputado federal em 2026. Estão negociando com MDB, PSD, Republicanos e Solidariedade, analisando cenários políticos e estrutura partidária. O MDB surge como proposta mais completa, mas enfrenta resistências por ser governista. PSD e Republicanos têm estrutura limitada e incertezas internas. O Solidariedade é a opção de segurança, embora sem força eleitoral expressiva.

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