Reeleito com 78% dos votos e 86% de aprovação, o prefeito Allyson Bezerra iniciou o segundo mandato com uma ampla reforma administrativa que desfez a equipe vitoriosa. A centralização extrema, a falta de acesso ao prefeito e a mudança de foco para a política estadual deixaram secretarias paralisadas. A agenda administrativa perdeu espaço para viagens e eventos festivos, superdimensionados em relação aos anos anteriores. Internamente, cresce o clima de insegurança e insatisfação entre servidores. Apesar de pesquisas ainda positivas, sinais de desgaste são cada vez mais evidentes.
Pesquisas qualitativas revelaram que poucos eleitores associam o nome de Cadu a Lula e Fátima, o que acendeu o alerta na campanha do PT. A estratégia de vinculação, antes prevista para mais adiante, será antecipada. Lula e Fátima apresentam bons índices nas intenções de voto. A meta é transferir esse capital político para consolidar Cadu como o nome do grupo.
Uma declaração de Rogério Marinho causou forte repercussão ao colocar a anistia de Bolsonaro como prioridade legislativa. A frase foi explorada por governistas e pela mídia para acusar a oposição de ignorar pautas de interesse nacional. O episódio escancarou a articulação do Centrão e bolsonarismo em favor de seus próprios líderes. Para muitos, o Brasil ficou em segundo plano.
Uma pesquisa em andamento no RN traz perguntas centradas em Garibaldi Alves Filho, gerando suspeitas sobre seus reais objetivos. Embora Garibaldi deva se tornar inelegível em 2026, o questionário testa sua força eleitoral. As perguntas despertam dúvidas sobre possíveis planos e movimentações políticas envolvendo ele e seu filho, Walter Alves. Muitas especulações e poucas respostas concretas.
O cenário político brasileiro vive uma nova turbulência com o agravamento da crise institucional em torno da prisão domiciliar de Jair Bolsonaro. Deputados bolsonaristas ocupam o plenário, pressionando por anistia, enquanto o Congresso se divide e paralisa. Valdemar da Costa Neto articula Michelle como candidata em 2026, e a elite financeira começa a mirar Ratinho Júnior após frustrações com Tarcísio. O foro privilegiado entra em debate, mas por interesse próprio dos parlamentares. Moraes é acusado de ter inflamado a crise com uma decisão desnecessária. A população, segundo pesquisas, não apoia a anistia. O risco de ceder à chantagem bolsonarista é abrir um precedente perigoso e sem retorno.
A união de Kelps, Rafael Motta, Carlos Eduardo e Abraão Lincoln fracassou. O grupo que sonhava em formar uma nominata independente para deputado federal desmoronou diante das dificuldades práticas. Agora, cada um busca um novo abrigo — se é que ainda há espaço.

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