Enquanto se discute a possível desistência de Rogério Marinho para unir a oposição, Styvenson Valentim pode mudar o jogo. O senador já declarou que, caso Rogério saia, poderá disputar o Governo. Pesquisa da Paraná Pesquisas mostrou Styvenson na frente de Allyson Bezerra em um dos cenários. Ele comanda dois partidos — PSDB e Podemos — e tem estrutura para bancar a candidatura. Ignorar esse movimento pode ser um erro estratégico da oposição.
Kelps Lima, Carlos Eduardo, Rafael Motta e Abraão Lincoln formaram um grupo que busca montar uma chapa para deputado federal em 2026. Estão negociando com MDB, PSD, Republicanos e Solidariedade, analisando cenários políticos e estrutura partidária. O MDB surge como proposta mais completa, mas enfrenta resistências por ser governista. PSD e Republicanos têm estrutura limitada e incertezas internas. O Solidariedade é a opção de segurança, embora sem força eleitoral expressiva.
Nos bastidores da política potiguar, a chamada “união da oposição” passa, na prática, pela desistência de Rogério Marinho. Lideranças entendem que Allyson Bezerra tem mais chances de vitória e não cogita abrir mão da candidatura. A expectativa é que Rogério, como estrategista, perceba isso e recue. No entanto, decisões desse tipo raramente são guiadas por altruísmo. Para abrir mão, Rogério deve exigir garantias e compensações políticas.
Mesmo após romper na prática com o grupo de Fátima Bezerra e apoiar Allyson Bezerra, a senadora Zenaide Maia ainda é tratada como aliada pelo PT e PSB no RN. Isso se explica pela necessidade do governo Lula de manter seu voto no Senado, diante de um Congresso hostil. Em troca, Zenaide preserva acesso aos ministérios e às verbas federais. O rompimento oficial deve acontecer apenas em 2026, quando o cenário eleitoral estiver mais claro. Até lá, todos seguem no jogo do faz de conta.
O senador Styvenson Valentim tem repetidamente utilizado as redes sociais para atacar adversários políticos sem apresentar provas. Recentemente, acusou a governadora Fátima Bezerra de corrupção com base em uma decisão do TCU, alegando, sem fundamento, uma comissão de 10%. Também insinuou desvio de verba em cirurgias custeadas por emendas em Mossoró, o que gerou processo e derrota judicial. A postura do senador revela vaidade, irresponsabilidade e abuso da imunidade parlamentar. É um exemplo do tipo de político que tem corroído a credibilidade do Congresso Nacional.
Com a entrada de Shirley Targino no secretariado de Allyson Bezerra, surgiu a dúvida sobre o destino político de Rosalba Ciarlini e Beto Rosado, ambos filiados ao PP. A resposta é simples: nenhum. Ambos estão afastados da política e sem planos para disputar as eleições de 2026. Rosalba não foi candidata em 2022 nem em 2024, e Beto está focado em seus negócios. Permanecem no PP, mas sem envolvimento ativo ou alinhamento com lideranças.

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