O direito que Cinthia Pinheiro tem de disputar uma eleição é inegável. Ela tem sua história, seu trabalho e seus direitos políticos em vigor. A decisão final cabe ao eleitor. É preciso reconhecer a legitimidade das críticas políticas que foram feitas ao prefeito Allyson Bezerra, mas, é também preciso condenar os ataques pessoais e tentativas de censura por gênero ou relação familiar. A política é uma vocação de serviço e é preciso respeitar quem se dispõe a um debate democrático e respeitoso.
As revelações sobre o acordo entre MDB e a federação União Brasil/PP agravaram a crise política com o PT. Petistas veem deslealdade na postura de Walter Alves, enquanto o MDB alega ter garantido governabilidade sem retorno. O PT mantém a decisão de renúncia de Fátima Bezerra e agora pressiona o vice por uma definição pública. O embate promete esquentar nos próximos dias.
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Em entrevista concedida em Caicó, o deputado João Maia revelou de forma direta os termos da negociação entre o MDB e a Federação Progressista. As declarações confirmam a candidatura de Walter Alves a deputado estadual e seu apoio a Allyson Bezerra ao governo. João também deixou claro que as legendas já atuam conjuntamente na montagem das nominatas. O vídeo encerra qualquer dúvida sobre a aliança política.
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Com a decisão de Walter Alves de não assumir o Governo e a renúncia de Fátima Bezerra dada como certa, PT e MDB tentam evitar um rompimento definitivo. O centro da negociação é impedir que a oposição controle o Governo nos nove meses finais. Nos bastidores, Ezequiel Ferreira surge como figura-chave em uma eventual eleição indireta. O MDB avalia alianças, mas uma guinada total à oposição é vista como arriscada. A crise segue aberta e longe do desfecho.
Os sinais da semana apontavam para um rompimento entre Walter Alves e Fátima Bezerra, mas o jogo é mais complexo do que parece. A decisão de Walter de não assumir o Governo está tomada, embora o anúncio tenha sido adiado. O movimento não se explica apenas pela crise financeira do Estado, mas por uma estratégia de sobrevivência política. O PT se sente traído, enquanto o vice alega falta de protagonismo. As mágoas existem dos dois lados, mas o diálogo começa a ser retomado.
A semana que prometia anúncios e rompimentos terminou marcada por cautela e intensas articulações de bastidores. Walter Alves foi a Brasília decidido a mudar o jogo, mas voltou aconselhado a esperar e dialogar mais. O vice-governador recuou de decisões previamente tomadas e reabriu o debate sobre alianças. Passou a ouvir as bases do MDB e suspendeu compromissos eleitorais. O cenário segue em aberto, com muita coisa ainda por acontecer.

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