Os bastidores da política no Rio Grande do Norte, nesta última semana, ferveram. A presença do prefeito Allyson Bezerra na capital, as entrevistas de Paulinho Freire, Rogério Marinho e José Agripino, e até mesmo o episódio com Bolsonaro serviram para apontar novos caminhos que estão sendo pavimentados.
Procurei ouvir todas as entrevistas, anotar tudo, entender as mensagens ocultas — buscando decifrar os movimentos que foram feitos. Vamos a eles.
A semana serviu para sepultar qualquer possibilidade de o prefeito Allyson Bezerra se aliar ao governismo. O governo fechou a porta de um lado; Allyson, do outro.
Também serviu para abater, em pleno voo, o balão de ensaio — lançado por alguém ainda não identificado — com o nome de Ezequiel Ferreira para disputar o governo em substituição a Cadu Xavier. A fala da governadora Fátima Bezerra em defesa de Cadu foi contundente, sem deixar margem para que o PT largue a mão do seu pré-candidato.
E, por fim, todas as vozes que lideram a oposição no estado fizeram um coro alto sobre a necessidade de união. Allyson, Rogério, Paulinho, Agripino e Álvaro — todos disseram que é preciso estarem unidos. Parece até coisa orquestrada, porque foi praticamente o único assunto que trataram.
Sobre essa real possibilidade de união da oposição, vou falar em um texto específico que estou preparando ainda para hoje.
Ah, e um outro movimento que ficou evidente nesta semana foi o dilema de Zenaide Maia. A pressão que ela está recebendo para integrar a chapa ao Senado ao lado de Fátima não é pequena (esse é outro tema que vou abordar melhor no fim de semana, pois recebi informações novas a respeito). O fato é que a ruptura entre Allyson e o PT complicou — e muito — a vida de Zenaide.
A roda está girando na política do RN. Muita água passando debaixo da ponte.