O ex-deputado Kelps Lima (Solidariedade) não esconde que está articulando, longe dos holofotes da mídia e dos grandes partidos, uma nominata para deputado federal. Enquanto PL, PT, União Brasil, PP e MDB concentram as atenções, Kelps e um pequeno grupo apostam em construir uma chapa com nomes fora do foco, mas com potencial expressivo de votos.
Para colocar o plano em prática, eles têm feito uma verdadeira peregrinação, com conversas individuais que envolvem: Carlos Eduardo Alves, Abraão Lincoln, Jean Paul Prates e Rafael Motta. Os cinco estão em partidos distintos e compartilham uma dificuldade: suas legendas atuais não têm estrutura suficiente para formar sozinhas uma nominata competitiva ou eles estão excluídos.
Ainda não há nada definido. A proposta é que todos migrem para um mesmo partido e formem uma chapa baseada na igualdade entre os candidatos. A ideia é que, juntos, possam eleger ao menos um deputado federal — ou até dois, dependendo da força dos nomes que ainda podem ser atraídos para completar os dez da lista.
Carlos Eduardo, atualmente no PSD, reconhece que seu partido enfrenta dificuldades para formar a nominata, apesar dos esforços de Zenaide Maia e Jaime Calado. Kelps, que teve 79.025 votos em 2022 na disputa para a Câmara, também não vê o Solidariedade com condições de montar sozinho uma chapa competitiva.
Rafael, que disputou o senado em 2022 e obteve 385.275 votos, ainda está em busca de uma nova legenda. Abraão Lincoln, após sair do Republicanos, tenta viabilizar um novo projeto político. Outros nomes seguem em fase de sondagem.
Ainda é cedo para afirmar se o grupo terá sucesso, mas as conversas estão avançando. Um dos obstáculos é que alguns dos possíveis integrantes, como Carlos Eduardo, também recebem outras propostas — ele, por exemplo, é cotado para ser vice de Allyson Bezerra, pelo PSD. Por enquanto, como os próprios envolvidos dizem, estão apenas conversando.