As pré-campanhas de 2026 de Rogério, Fátima e Allyson são quem vão determinar quem é quem no jogo

A impressão que tive após o desfile de Bolsonaro e Rogério Marinho pelos municípios do Estado no último fim de semana é clara: ninguém deve subestimar Rogério. Especialmente aqueles que acreditam que ele não tem força para disputar o Governo em 2026, diante da popularidade de Allyson Bezerra e do peso das máquinas estadual e federal a favor do palanque governista.

Rogério é forte. Muito forte.

Caso confirme sua candidatura, já larga com um palanque robusto: dois senadores, três deputados federais, o prefeito da capital e, pelo menos, meia centena de prefeitos. Além disso, tem forte identificação com o eleitor bolsonarista no RN, que em 2022 representou mais de um terço do eleitorado — o suficiente para colocá-lo, ao menos, no segundo turno.

Há muitos outros fatores que indicam que Rogério não é um adversário a ser menosprezado. É extremamente hábil na política, tem facilidade para costurar alianças, é um parceiro confiável e conta com apoios relevantes nos principais setores produtivos do Estado.

A perspectiva de três palanques na disputa pelo Governo do RN em 2026 já antecipa um pleito disputado e de resultado imprevisível.

De um lado, temos Rogério com um palanque forte e bem estruturado. De outro, o PT, que também não deve ser subestimado. Basta lembrar que, nas últimas três eleições estaduais, o partido esteve nos palanques vitoriosos, e Fátima Bezerra obteve entre 56% e 58% dos votos.

Temos ainda a candidatura de Allyson Bezerra, que lidera todas as pesquisas divulgadas até o momento e conta com forte apelo popular. Ele busca formar aliança com a senadora Zenaide Maia e tenta manter o União Brasil em seu palanque, apesar da dissidência interna.

Quando afirmo que será uma disputa de três frentes com resultados imprevisíveis, é porque tudo dependerá do rumo da pré-campanha. Fátima e Rogério tendem a polarizar a disputa, empurrando Allyson para fora do foco principal, ancorados no embate ideológico entre esquerda e direita, PT e PL.

Essa será a principal armadilha que Allyson precisará evitar: não ser soterrado pela polarização. Sua aposta será gerar um debate sobre o Rio Grande do Norte, suas potencialidades e seu futuro. Mas ele corre o risco de acabar falando sozinho — e não será tarefa fácil.

O desenho de 2026 começa a se formar com Rogério, Allyson e Fátima/Cadu. O jogo será de gente grande.

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