Com apenas uma vaga em aberto, matemática eleitoral complica os planos da federação no RN

Embora o União Brasil e o PP tenham se reunido esta semana para discutir questões relacionadas às eleições de 2026 — especialmente sobre a formação da nominata —, não será tarefa fácil desatar certos nós. A nominata federal é, sem dúvida, o ponto mais complicado.

União Brasil e PP formam uma federação e, portanto, representam um único partido perante a Justiça Eleitoral. Considerando a manutenção das oito vagas para deputado federal no Rio Grande do Norte, a legislação permite apenas nove candidatos por partido.

Fazendo as contas, a federação precisa apresentar três candidaturas femininas, restando seis vagas para homens. Dos quatro deputados federais atuais do grupo, uma é mulher — o que obriga a federação a buscar mais duas candidaturas femininas. Entre os homens, restariam apenas três vagas disponíveis, já que o grupo conta com três deputados homens com mandato.

Nesse cenário, o PP articula com nomes como Kelps Lima e Rafael Motta para compor a nominata masculina. Já o União Brasil busca um nome forte em Mossoró e outro em Parnamirim.

O grande entrave é a conta realista: a expectativa é que apenas quatro deputados federais sejam eleitos pela federação. Nessa projeção, Benes Leocádio, João Maia e Robinson Faria já são considerados praticamente reeleitos, por conta da expressiva votação em 2022.

Sobraria, portanto, apenas uma vaga para os outros seis candidatos brigarem. Por isso, muitos avaliam que será difícil convencer nomes com potencial de voto a aceitarem o papel de “esteira” numa disputa em que as principais cadeiras parecem já estar reservadas.

Para alcançar a meta de eleger quatro deputados, a federação precisa montar uma esteira qualificada. Mas quem tem chance real de ultrapassar os 50 mil votos dificilmente aceitará entrar nesse jogo de gigantes. No fim das contas, a dificuldade é simples: a matemática é uma ciência exata — e todos sabem fazer contas.

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