Embora seja reconhecido pelo bom uso das redes sociais — onde reúne cerca de 330 mil seguidores no Instagram —, acendeu-se um sinal de alerta para o prefeito Allyson Bezerra quanto à sua imagem projetada na mídia. Nos últimos meses, ele vem acumulando rapidamente um leque de opositores, tanto nas mídias digitais quanto nos veículos tradicionais.
Com um estilo que não lida bem com críticas, Allyson rompeu, um a um, com jornalistas, radialistas e blogueiros locais que ousaram noticiar fatos negativos sobre sua gestão. Hoje, seu círculo de apoiadores na imprensa está bastante restrito.
Em Mossoró, os veículos que defendem a administração diminuíram, enquanto as menções negativas nas redes sociais crescem rapidamente. Nos blogs e portais, os comentários críticos dos leitores se multiplicam mês a mês.
A grande questão é se o alto engajamento que o prefeito ainda mantém em suas próprias redes será suficiente para contrapor a desconstrução de sua imagem, que avança de forma consistente entre os formadores de opinião.
O cenário se torna ainda mais desafiador em Natal, onde parte significativa da mídia tolera Allyson, mas demonstra simpatia aberta pela candidatura de Rogério Marinho.
O efeito dessa desconstrução em uma eventual campanha ao Governo do Estado é a dúvida central. Diferente de sua trajetória até aqui — marcada pela ausência de uma oposição eficaz em Mossoró —, Allyson agora enfrenta um noticiário consistente em todo o RN que expõe erros de gestão e questiona sua confiabilidade política.
Se antes governou sem grandes pressões, hoje o prefeito convive diariamente com dezenas de reportagens negativas. Ignorar esse movimento pode ser ingenuidade: mais cedo ou mais tarde, a fatura chega.