Kelps Lima tenta montar nominata alternativa e revela como estão as tratativas

O ex-deputado estadual Kelps Lima, atualmente secretário de Planejamento e Finanças da Prefeitura de Parnamirim, repassou algumas informações sobre o trabalho que vem realizando para montar uma nominata alternativa para deputado federal. Ele fez essas declarações em entrevista a Tiago Rebolo, no portal Agora RN. Vamos às principais informações apresentadas por Kelps:

  • A articulação nasceu a partir da constatação de que o Rio Grande do Norte só comporta quatro nominatas viáveis para deputado federal. Três já existem — a do PL, a da Federação PP/União Brasil e a da Federação PT/PCdoB/PV —, restando, portanto, espaço para mais uma.
  • Ele buscou nomes que não integram essas nominatas e apresentou o seguinte argumento: reunir um grupo em que todos tenham o mesmo peso político, mirando uma votação total de 250 mil votos, para que, entre eles, o mais bem votado garanta o mandato.
  • Segundo Kelps, praticamente todos os partidos procuraram o grupo com propostas de apoio. A decisão final sobre em qual legenda a nominata será abrigada deve ser anunciada em fevereiro do próximo ano.
  • Atualmente, o grupo é composto por ele próprio, Carlos Eduardo Alves, Rafael Motta e Abraão Lincoln. Há também outros nomes, ainda não divulgados à imprensa, mas que, segundo Kelps, têm importância estratégica e serão revelados no momento oportuno.
  • O grupo discute atualmente com o MDB, o PSD e o Solidariedade, uma das quais deverá ser a sigla escolhida para abrigar a nominata.

Após ouvir a entrevista, fiquei com algumas dúvidas. Dos nomes citados, Carlos Eduardo Alves tem mantido negociações para disputar o Senado e pode até ser o vice na chapa de Allyson Bezerra. Rafael Motta, por sua vez, confirmou que está em conversa com o PP. Já Abraão Lincoln, neste momento, está mais focado na CPMI do INSS, na qual foi citado, do que em articulações eleitorais para 2026.

Outro ponto que chama atenção é o posicionamento do grupo em relação à disputa para o Governo do Estado em 2026. Kelps já declarou apoio ao prefeito Allyson Bezerra, de quem é amigo pessoal. No entanto, se a nominata for acolhida pelo MDB — partido aliado do PT no âmbito estadual —, como o PT reagirá ao abrigar um grupo que apoiará outro candidato ao governo?

Enfim, há ainda muitas pontas soltas. Mas, como afirmou Kelps, até fevereiro do próximo ano a situação deverá estar definida. Pessoalmente, acredito que, no cenário atual, existem muitos obstáculos para que essa nominata realmente se concretize.

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