O debate acalorado se o Estado vai pagar ou não o décimo terceiro é barulho antes da hora

Acho uma absoluta perda de tempo esse debate acalorado, promovido pela mídia engajada, sobre o pagamento do décimo terceiro salário dos servidores estaduais. A oposição denuncia que o governo não vai pagar, enquanto o governo assegura que vai pagar — como sempre fez.

Isso não leva a nada. É pura perda de energia. E explico por que penso assim.

O prazo para pagamento do décimo terceiro vai até 20 de dezembro. Quando chegar a data, se o Estado tiver pago tudo corretamente — ou mesmo que demore alguns dias a mais —, quando o dinheiro estiver no bolso dos servidores, a questão estará encerrada.

Setores da oposição alardearam que o governo está sem dinheiro para pagar e o secretário da Fazenda e pré-candidato ao Governo pelo PT, Cadu Xavier, veio a mídia dizer que tudo vai ser pago corretamente.

Portanto, não adianta ficarem se estapeando agora sobre se vai pagar ou não. Essa é a típica situação em que o caso concreto suplanta todo esse debate inútil. Não se trata de quem tem razão, mas de qual efeito essa discussão estéril pode causar na opinião pública.

Desperdiça energia o governo, se ficar gritando agora que vai pagar e depois não pagar; assim como desperdiça a oposição, ao afirmar que não vai pagar, se no tempo certo o dinheiro estiver no bolso do servidor.

O assunto do décimo terceiro salário dos servidores é apenas um entre tantos debates estéreis que têm ocorrido no Rio Grande do Norte e no país. “Ah, o Brasil vai quebrar, a economia está indo para o buraco…” — e os dois lados trocando acusações, quando, na verdade, são as situações concretas futuras que revelarão quem está dizendo a verdade e quem está mentindo.

Acho perda de tempo afirmar agora que o Estado não vai pagar o décimo terceiro dos servidores. O certo é esperar o prazo e, se não pagar, aí sim denunciar o fato. Diante do fato concreto.

Até porque todas as consequências eleitorais, de qualquer fato que seja, só serão sentidas pelo eleitor diante de fatos reais. Fora disso, é só barulho — e nada mais.

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