Allyson corre contra o tempo para evitar o rótulo de “coveiro do Nogueirão”

O prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra, busca uma forma de não carregar para a campanha eleitoral de 2026 o rótulo de “coveiro do Nogueirão”. Após municipalizar o estádio e deixá-lo ao abandono até que vento e chuva comprometessem parte da estrutura, Allyson foi alertado por sua equipe de marketing de que o tema terá forte repercussão negativa no calor da campanha e nos debates, já que o futebol é um tema que o eleitor tem apreço.

Embora tenha publicado o edital de licitação para a construção de um novo estádio, nenhuma empresa se interessou em assumir o “abacaxi”. Sem alternativas imediatas, o prefeito pretende anunciar em breve um novo caminho: a própria Prefeitura ficará responsável pela obra, seguindo o projeto previsto no edital. O estádio com capacidade para 15 mil pessoas e para multiuso.

O risco, porém, é que Allyson repita o episódio de 2012, quando a então prefeita Rosalba Ciarlini apresentou uma maquete do novo estádio. Passada a eleição, a maquete foi para o lixo — e o projeto também.

Ciente de que será cobrado por ter contribuído para o declínio do futebol em Mossoró, o prefeito pretende minimizar o desgaste político com o anúncio de que a Prefeitura bancará a construção. Na prática, Allyson deve recorrer ao apoio de deputados federais aliados, solicitando emendas individuais de 2026, além de negociar com a bancada federal a inclusão de recursos nas emendas de bancada para o orçamento do próximo ano.

Outra estratégia será buscar parcerias comerciais para reforçar o financiamento do estádio. O anúncio está previsto para ocorrer entre novembro e dezembro, e a execução ficará sob a responsabilidade do vice-prefeito, Marcos Medeiros. A meta de Allyson é que, em 2026, durante a campanha, o Nogueirão já esteja demolido e as primeiras fundações do novo estádio em andamento — um antídoto contra o discurso de que teria sepultado o futebol na cidade.

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