Allyson prepara candidatos de confiança para 2026 e sinaliza foco em protagonismo local

Em entrevista concedida à TCM Canal 10, o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra, justificou a criação de uma escola de formação de lideranças políticas na cidade, com foco na capacitação de jovens interessados em ingressar na vida pública.

O prefeito destacou que Mossoró tem força eleitoral para eleger seus próprios representantes, sem depender exclusivamente de candidatos de outras regiões:
“Mossoró tem condição não só de ter um deputado federal, mas de ter um deputado federal e de apoiar outros deputados federais. Estamos falando de 190 mil eleitores”, afirmou.

Allyson defendeu o fortalecimento de uma bancada mossoroense para defender os interesses locais em Natal e em Brasília. Lembrou ainda que a cidade não conta atualmente com um deputado estadual diretamente vinculado a ela — cenário que, segundo ele, precisa ser revertido.

Ao ouvir a entrevista, acabei com qualquer dúvida quanto ao plano em andamento: Allyson deverá lançar dois nomes, em Mossoró, ligados a ele para disputar vagas na Assembleia Legislativa e na Câmara dos Deputados. Já está bastante claro que sua esposa, Cinthia Pinheiro, será candidata a deputada estadual.

Quanto ao nome para federal, embora ainda haja especulação, estou convencido de que será o vereador Thiago Marques. Basta observar os sinais que vêm sendo emitidos pelo Palácio da Resistência para perceber que a dobradinha Cinthia e Thiago é um projeto em execução.

Não sei se essa estratégia ajudará ou dificultará as articulações de Allyson rumo à candidatura ao governo do Estado. Há uma fila de pré-candidatos à Assembleia e à Câmara sonhando com os votos mossoroenses, via apoio do prefeito.

Já comentei aqui no blog que essa questão pode ser analisada sob dois prismas: ou se adota uma estratégia de centralizar os votos de Mossoró em nomes locais, com apoio irrestrito de Allyson, dentro do União Brasil, visando uma casadinha com os votos a governador dos mossoroenses, ou se prefere dividir os votos da terra entre vários candidatos do partido, com bases em outras cidades, visando fortalecer os diversos nomes das nominatas.

A mesma lógica se aplica à disputa para deputado federal. Um nome da terra ou vários nomes de fora.

A questão aqui é que essa decisão precisa ser tomada como uma estratégia coletiva do grupo, e não de forma unilateral pelo candidato majoritário. Confesso que não sei se foi Allyson quem decidiu assim e quem achar ruim que procure outro palanque, ou se esse debate já ocorreu dentro do União Brasil.

Independentemente disso, o discurso de Allyson ao justificar a criação da escola de formação política mostra que ele pretende sim lançar a partir de Mossoró, nomes próprios com sua bênção — repetindo a fórmula de 2022, quando apoiou Soldado Jadson e Lawrence Amorim.

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