Eu já havia feito um exercício mental para imaginar qual caminho poderia ser percorrido para aproximar o prefeito Allyson Bezerra do senador Styvenson Valentim. Fiz isso considerando o movimento da oposição que buscava reaproximar Allyson do senador Rogério Marinho. Consequentemente, esse mesmo caminho de volta teria que ser trilhado com Styvenson.
Ora, se Rogério estivesse desistindo da candidatura e todos falavam em união da oposição, só restaria ao senador Styvenson entender que sua única cartada real para garantir a vitória seria a união com Allyson.
Mas esse cenário mudou — e eu já noticiei aqui no blog. Rogério retomou sua pré-candidatura, recebeu a confirmação do apoio de Paulinho Freire e está empolgado.
Ainda assim, nada nos impede de fazer conjecturas. Se prevalecer o palanque do prefeito de Mossoró dentro da oposição, qual seria a fórmula para reaproximar Styvenson e Allyson? Parece algo improvável.
Desde que o senador atribuiu ao prefeito a carapuça de “força demoníaca” — sugerindo que ele estaria agindo nos bastidores para impedir a construção de hospitais em Mossoró —, seria preciso muita cara de pau para que os dois trocassem abraços em cima de um palanque.
Styvenson é o favorito na disputa pelo Senado. Allyson é o favorito para o governo. Ambos estão na oposição. Mas não se suportam. O histórico entre eles é de trocas de farpas, acusações e até disputas judiciais.
Em 2022, Styvenson chegou a processar o prefeito por calúnia e difamação, devido a uma publicação nas redes sociais em que Allyson o chamava de “mentiroso, arrogante e mal informado”.
Com a corda entre os dois esticada ao máximo, é quase impossível pensar em qualquer reaproximação. O exercício mental de imaginar esse caminho de volta se torna ainda mais complicado quando se considera que o candidato preferido de Styvenson ao governo é Rogério, e a candidata preferida de Allyson ao Senado é Zenaide.