Quem quiser tirar alguma dúvida sobre em qual projeto político o senador Rogério Marinho está efetivamente empenhado para 2026 precisa apenas observar suas redes sociais.
No Instagram, onde acumula cerca de 680 mil seguidores, praticamente 99% das postagens feitas por Rogério tratam de temas nacionais. Nos últimos 30 dias, não há uma única publicação relacionada ao Rio Grande do Norte ou ao futuro do Estado.
Entre as postagens mais recentes, o senador abordou assuntos como a decisão do governo Trump envolvendo a Lei Magnitsky relacionada ao ministro Alexandre de Moraes, críticas ao que chama de “ditadura da toga”, acusações de dois pesos e duas medidas na Justiça brasileira, afirmações de que o STF não pode ser um “puxadinho do PT”, além de temas como censura, a crise nos Correios e a divulgação de notas públicas envolvendo Alexandre de Moraes, entre outros.
O que se observa é a completa ausência de foco nas questões estaduais, com a atuação pública do senador concentrada quase exclusivamente na pauta nacional. Nem mesmo nas entrevistas concedidas à mídia local os temas ligados ao Rio Grande do Norte ganham protagonismo.
É importante deixar claro: não se trata aqui de uma crítica à postura de Rogério Marinho em si. É inegável que ele ocupa hoje um espaço de destaque no debate político nacional. O ponto é confrontar essa realidade com sua condição de pré-candidato ao Governo do Estado.
A impressão que o próprio Rogério constrói é a de que sua prioridade, seu alvo e seu foco estão voltados para o cenário nacional, enquanto a disputa pelo Governo do Rio Grande do Norte aparece como um plano secundário. Como se, caso o projeto nacional não se viabilize, a candidatura ao Governo estadual passasse a ser, então, uma alternativa.
