Recentemente, vi o senador Rogério Marinho criticar o governo de Fátima Bezerra pelo reajuste negociado com os professores e, em resposta, receber a acusação de que uma eventual gestão sua atropelaria os servidores estaduais como um trator.
Também acompanhei trechos de um debate envolvendo Cadu Xavier, secretário da Fazenda e pré-candidato ao governo pelo PT, no qual ele respondia às críticas sobre o relatório anual do Centro de Liderança Pública (CLP), que aponta o Rio Grande do Norte como o estado com a menor solidez fiscal do Brasil.
Além disso, vi Rogério Marinho defender a privatização da Caern, enquanto os governistas se posicionam radicalmente contra. No mês passado, o governo de Fátima Bezerra lançou uma ampla campanha publicitária destacando números positivos da segurança pública no estado.
De certa forma, fico muito satisfeito ao ver temas como valorização dos servidores, privatização da Caern, endividamento do estado e segurança pública fazendo parte do debate político e do embate eleitoral que teremos pela frente.
Isso é política. Esse é o verdadeiro debate: a defesa de posições políticas, com cada lado expondo sua visão.
Nos acostumamos a discussões irrelevantes, como a quem pertence a camisa amarela da seleção brasileira, se a Terra é plana, se as vacinas funcionam ou não, e a guerra de rótulos entre “gado” e “petralha”, enquanto os debates realmente importantes eram descartados como lixo.
Infelizmente, ainda há muitos políticos incapazes de discutir por cinco minutos qualquer um desses temas, preferindo campanhas baseadas apenas em bravatas e na exibição de força.
Independentemente das posições defendidas, fico feliz ao ver Rogério Marinho, Cadu Xavier, Fátima Bezerra e Zenaide Maia debatendo questões essenciais para o Rio Grande do Norte. É assim que deve ser.
