Apesar de declarar apoio a Rogério Marinho para o Governo do Estado, o senador Styvenson Valentim dá sinais claros de que não pretende dividir palanque com o aliado. Pessoas próximas já trabalham em uma estratégia de campanha solo, como nas eleições anteriores. Styvenson acredita que sua força eleitoral está na imagem independente e distante dos grupos tradicionais. Assim, planeja percorrer o Estado sozinho, mantendo apenas alianças formais.
Jean Paul Prates deixou claro que pretende integrar a chapa ao Senado liderada por Fátima Bezerra em 2026. A meta dele não é disputar uma vaga direta, mas ser o primeiro suplente. Ele aposta nas altas chances de vitória de Fátima e na possibilidade de ela assumir um Ministério em eventual novo governo Lula. Assim, Jean repetiria o caminho de 2014, retornando ao Senado pela suplência.
Allyson Bezerra mantém a posição de só discutir decisões políticas no próximo ano, mas já sinaliza que qualquer anúncio será alinhado previamente com a federação PP/União Brasil e aliados. O lançamento oficial da pré-candidatura deve ocorrer em janeiro, seguido da renúncia ao cargo de prefeito em data ainda indefinida. Há debate interno sobre o melhor momento para o afastamento, variando entre logo após o anúncio ou no limite legal de 2 de abril. A ideia de unificar a oposição por meio de pesquisa existe, mas não encontra apoio: a candidatura de Allyson é considerada definitiva.
Circulam em Natal especulações de que Walter Alves poderia não assumir o Governo após a renúncia prevista de Fátima Bezerra, abrindo caminho para candidaturas dele e de Garibaldi Filho em 2026. Nesse cenário, o Governo seria assumido por Ezequiel Ferreira, que conduziria o projeto do MDB. Há ainda uma versão em que o comando passaria ao presidente do TJRN, com eleições indiretas em seguida. Apesar dos rumores, a análise aponta que a renúncia ao Governo não faria sentido estratégico para Walter.
O acordo entre Rogério Marinho e Álvaro Dias prevê que, se Rogério disputar o Governo do Estado, Álvaro concorrerá ao Senado; caso contrário, Álvaro será o candidato ao governo pelo grupo. Rogério recebeu de Jair Bolsonaro o convite para coordenar nacionalmente as campanhas do PL, função que ampliaria sua projeção política. A possível saída de Bolsonaro da linha de frente deve aumentar a pressão para Rogério aceitar. Com esse cenário, Álvaro vê crescerem suas chances dentro do PL.
Zenaide Maia intensificou sua presença em Mossoró e já financiou dez UBS inauguradas, com outras cinco em construção. Sua atuação prática a coloca em destaque entre os políticos que podem reivindicar serviços prestados à cidade. Embora criticada pela concentração de esforços no município, a senadora consolida forte capital eleitoral no segundo maior colégio do RN. A estratégia contrasta com análises que projetam ampla vantagem de Alysson Bezerra na cidade. A aproximação com o prefeito reforça a tentativa de unir sua votação à dele.

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