Mesmo confirmando que o senador Rogério Marinho é seu candidato ao Governo do Estado, o senador Styvenson Valentim tem dado sinais cada vez mais claros de que não pretende fazer campanha em cima do palanque de Rogério.
Caso o senador bolsonarista confirme sua candidatura ao Executivo estadual, a parceria com Styvenson será apenas formal.
Pessoas próximas a Styvenson já traçam estratégias para uma campanha solo do senador — o mesmo modelo que ele vem adotando ao longo de 2025, recusando convites para eventos partidários.
A opção de Styvenson tem uma justificativa: sua performance dissociada da política tradicional é o que mais capitaliza votos para sua reeleição. Ele teme prejudicar essa imagem caso apareça atrelado aos grupos tradicionais.
Uma prova maior disso é que Styvenson não tem poupado indiretas e ironias direcionadas aos demais agentes políticos do Estado. Um exemplo é que, ao entregar ações do seu mandato, Styvenson costuma afirmar que tudo seria diferente no RN se a classe política fizesse a coisa certa e gastasse bem os recursos públicos — colocando na mesma bacia toda a bancada federal e a Assembleia Legislativa.
A campanha solo não é novidade para Styvenson. Ele a utilizou para conquistar seu mandato no Senado em 2018 e repetiu a estratégia em 2022, na disputa pelo Governo do Estado. Teve êxito na primeira, mas foi um fracasso completo na segunda.
Styvenson acredita que encontrou o ponto ideal da estratégia: vai aceitar parcerias políticas formais, mas pretende percorrer o Estado sozinho, sem se misturar.





