Enquanto muitos discutem a união da oposição e apostam em uma possível desistência de Rogério Marinho, é bom não esquecer de um fator importante nesse cálculo: as palavras recentes de Styvenson Valentim. O senador deixou claro que, caso Rogério desista, ele poderá mudar seus planos e lançar candidatura ao Governo do Estado.
Styvenson fez essa declaração num momento em que cresciam os rumores sobre a possível saída de Rogério da disputa. Na ocasião, disse: “Se Rogério não for, eu poderei repensar minha estratégia e sair ao governo”.
Se essa fala foi esquecida por alguns, vale lembrar que a Paraná Pesquisas, que esteve no Estado em março, incluiu o nome de Styvenson em um dos cenários para o Governo. E os resultados foram os seguintes:
- Styvenson: 22,5%
- Allyson: 22,2%
- Natália: 17,5%
- Rogério: 14,1%
- Álvaro Dias: 9,2%
- Walter Alves: 3,8%
- Nenhum: 7,0%
- Não sabe: 3,6%
Além de aparecer numericamente à frente de Allyson, Styvenson poderia herdar boa parte dos votos de Rogério em caso de desistência, o que reforçaria ainda mais sua competitividade.
Ou seja, ninguém deve ignorar essa possibilidade: Rogério pode desistir, e Styvenson pode decidir entrar. Ele tem dois partidos sob seu comando — PSDB e Podemos — e estrutura suficiente para bancar o projeto.