A deputada Carla Dickson reconheceu que jamais protocolou no União Brasil um pedido de anuência para deixar o partido.
A declaração contrasta com o que ela afirmou em Mossoró, na sexta-feira passada: “Infelizmente, minha carta de anuência foi negada pelo meu atual partido e eu não posso estar de fato e de direito no PL, mas eu já caminho no plenário da Câmara com a oposição, com o PL”.
Carla mentiu. A verdade veio à tona após o ex-senador José Agripino desmentir que o partido tivesse negado a carta de anuência: “não negou e nem foi pedido”.
Não é a primeira vez que a deputada se vê em situações constrangedoras.
Em agosto passado, mesmo com a mudança para o PL já engatilhada e com o compromisso de apoiar a pré-candidatura do senador Rogério Marinho, Carla continuou participando das reuniões da cúpula da federação PP e União Brasil, que discutia estratégias para a campanha de Allyson Bezerra ao Governo do Estado.
Em uma dessas reuniões, foi Carla quem vazou a informação de que Allyson pretendia antecipar para janeiro sua renúncia à Prefeitura de Mossoró. Após o vazamento, a deputada deixou de participar dos encontros e não voltou a ser convidada pelo grupo.