Caso a nova quantidade de vagas para o RN tivesse em vigor em 2022, Garibaldi e Beto Rosado teriam sido eleitos

Com a ampliação das vagas de deputados federais no Rio Grande do Norte, de 8 para 10, e da representação na Assembleia Legislativa, que passará de 24 para 30 cadeiras, o que de fato mudará nas eleições de 2026?

Para começar, o número de vagas. O TSE deve publicar uma resolução confirmando a nova distribuição, conforme o que for aprovado pelo Congresso.

Desde já, é possível prever um quociente eleitoral mais baixo, tanto para a Câmara Federal quanto para a Assembleia Estadual. O quociente é utilizado para calcular o número de cadeiras que cada partido terá nas casas legislativas, com base na votação total da legenda.

Em 2022, o quociente eleitoral para deputado federal foi de 233.103 votos. Se o novo número de vagas já estivesse em vigor, teria sido de 186.482 votos. A implicação imediata disso é que o MDB, que obteve 176.527 votos em 2022, teria eleito o ex-governador Garibaldi Filho. O PP, que somou 153.061 votos na nominata, também teria eleito Beto Rosado.

Ambos os partidos teriam ultrapassado o mínimo de 80% do quociente e, assim, participariam da redistribuição das sobras de vagas.

Na Assembleia Legislativa, o quociente eleitoral em 2022 foi de 77.710 votos. Com a ampliação para 30 cadeiras, esse número cairia para 62.168 votos.

Outra consequência imediata da ampliação das vagas no Rio Grande do Norte é o estímulo ao lançamento de novos nomes, tanto para a Câmara quanto para a Assembleia. Com mais vagas, há a percepção de mais chances de eleição.

Um exemplo é o PT: a deputada Isolda Dantas, que ainda avalia se concorrerá a deputada federal ou estadual, com essa nova realidade ela deve confirmar sua candidatura à Câmara Federal. Isolda já projetava a possibilidade de o PT eleger três federais, e com duas novas vagas, essa chance aumenta consideravelmente.

Outro exemplo é Dr. Bernardo, que está dividido entre a reeleição como estadual ou uma candidatura a federal. A ampliação fortalece a segunda opção. Já o presidente da Assembleia, Ezequiel Ferreira, que evita correr riscos, agora praticamente vai sacramentar seu projeto de disputar uma vaga na Câmara Federal.

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