Convite de Alcolumbre a Styvenson movimenta bastidores do União Brasil no RN

Sobre todo o noticiário que envolve um possível convite do União Brasil ao senador Styvenson Valentim para se filiar ao partido e assumir o comando da sigla no Rio Grande do Norte, este blog buscou, a partir de diversas fontes, entender o que há de fato e o que é apenas boato. A partir disso, foi possível tirar algumas conclusões.

A primeira delas é que, de fato, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, convidou Styvenson para se filiar ao União Brasil. Não se tratou de um convite de “porteira fechada” — do tipo “venha que eu lhe entrego o partido” —, mas de um convite inicial, sem uma discussão mais aprofundada sobre os desdobramentos.

O fato é que o União Brasil, hoje, conta com dois deputados federais no Rio Grande do Norte e ficará apenas com um: Benes Leocádio, que faz parte do baixo clero, com atuação discreta em Brasília. O peso político do ex-senador José Agripino é apenas simbólico. Assim, na visão de Alcolumbre, há espaço para o ingresso de Styvenson e a possibilidade de negociar um controle mais direto da sigla no Estado.

É inegável a influência que Alcolumbre exerce atualmente dentro do União Brasil. Ele tem centenas de indicações no governo, inclusive dois ministros, e o partido não ousa confrontá-lo. O senador pensa em sua própria reeleição e trabalha para consolidar o controle das bancadas no Senado.

A segunda conclusão é que Alcolumbre e Styvenson mantêm uma relação próxima. Na prática, a atuação de Styvenson no Senado tem sido mais alinhada ao presidente da Casa do que ao senador Rogério Marinho.

Quanto ao fato de o União Brasil no RN abrigar a pré-candidatura do prefeito Allyson Bezerra ao Governo do Estado — considerada favorita —, isso não altera as prioridades de Alcolumbre, cujo foco está na composição do Senado para 2027.

Outra apuração importante é que o convite feito por Alcolumbre não foi comunicado à base potiguar do União Brasil. Foi uma ação individual do presidente do Senado. Além disso, Styvenson ainda não respondeu oficialmente ao convite — nem aceitou, nem recusou.

O fato concreto é que o convite existiu, permanece em aberto e, dependendo dos interesses futuros, pode evoluir ou cair no esquecimento.

Chama atenção, porém, um detalhe: Rogério Marinho pode enxergar nessa movimentação uma oportunidade para retirar do caminho o concorrente Allyson Bezerra. Uma eventual ida de Styvenson para o União Brasil implicaria, de imediato, na inviabilização do projeto de Allyson dentro do partido.

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