Vem aí a primeira pesquisa eleitoral pós-Mossoró Cidade Junina. Há sempre uma expectativa gerada após a realização da maior festa junina do Estado, sobre os possíveis desdobramentos eleitorais. O público em geral e os analistas políticos ficam curiosos para medir com intenções de votos o sucesso ou insucesso da festa. Isso não é novidade. Nas gestões anteriores e também na atual, se investe na festa e se colhe os louros.
Antenada com as expectativas geradas, a TCM – Canal 10 – divulgará na próxima quarta-feira os resultados de uma pesquisa contratada junto ao Instituto TS2, com 1.700 entrevistas em 62 municípios do Estado. Caso não esteja enganado, esta é a primeira pesquisa estadual para 2026 que o TS2 está divulgando.
A expectativa é que os números tragam dados positivos para o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra, que inundou as redes sociais por quase dois meses com vídeos relacionados à festa, além de ter realizado um forte investimento em publicidade.
Não se trata de nenhum crime eleitoral. A forma como Allyson utilizou o MCJ é a mesma usada por todos os seus antecessores — e por qualquer gestor que estivesse em seu lugar. Por isso, é natural que se esperem números alvissareiros para ele na disputa pelo Governo do Estado em 2026.
Considerando que a festa junina de Mossoró teve repercussão em todo o Estado, principalmente na Região Oeste, é esperado que o eleitorado esteja de alguma forma condicionado pela visibilidade dos festejos.
Mas isso não significa que o resultado da pesquisa seja irreal. O MCJ acabou, e agora voltamos à rotina do dia a dia. Cada pesquisa reflete a fotografia do momento em que foi feita, e seja qual for o resultado, ela retrata as circunstâncias em que o eleitor está inserido.
O que se espera é que Allyson permaneça na liderança. Há também curiosidade sobre o desempenho de Cadu Xavier e Rogério Marinho, já que os últimos números indicaram crescimento de Cadu. Outra frente de atenção é a disputa pelo Senado, que tem três nomes fortes — Fátima, Styvenson e Zenaide — para apenas duas vagas.
E, por fim, fica a curiosidade: o que o MCJ 2025, com toda sua projeção, de fato acrescentou à pintura eleitoral?