Com a estratégia de desafiar seus adversários para um debate sobre quem tem mais resultados a apresentar, o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra, tem concentrado esforços nos programas voltados à área da educação.
Buscando demonstrar que a Educação foi tratada como prioridade em sua gestão, Allyson vem, nos últimos meses, fazendo uma sucessão de anúncios de prêmios, bolsas e benefícios financeiros destinados aos alunos da rede municipal.
O Programa Jovem do Futuro concede R$ 350,00 mensais aos estudantes que participam dos cursos.
O Prêmio IDEB, voltado a alunos, professores e escolas com melhor desempenho, distribuiu mais de R$ 500 mil em premiações.
Já o Programa de Apoio ao Estudante (PAE) garante a cerca de 5 mil alunos o valor de R$ 200 por mês nos períodos letivos e R$ 300 nos meses de férias.
A Prefeitura também criou os programas de intercâmbio e mobilidade estudantil, como o “Partiu Brasil”, que promove experiências educacionais em cidades do país, e o “De Mossoró para o Mundo”, que levará estudantes mossoroenses para o exterior, com todas as despesas custeadas pelo município.
O mais recente anúncio é o do Passe Livre Estudantil, que permitirá aos alunos utilizar o transporte coletivo até quatro vezes por dia, gratuitamente, com o custo arcado pela Prefeitura.
Não há nada de errado em Allyson promover uma série de ações para incentivar a frequência e o bom desempenho escolar.
No entanto, o que chama atenção é que essa maratona de anúncios ocorre logo após a divulgação de um relatório do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RN), que aponta que a Prefeitura de Mossoró investiu apenas 20% da arrecadação em Educação, quando a lei exige o mínimo de 25%.
Para um gestor que pretende fugir da polarização eleitoral de 2026 e sustentar seu discurso em resultados administrativos, apresentar números ruins na educação pode ser uma ducha de água fria para quem busca afirmar que revolucionou o ensino em Mossoró em apenas cinco anos.