Paulinho da Força, Michel Temer e Hugo Mota estão tentando convencer a ala bolsonarista mais radical de que não é o momento de levar a proposta de anistia à pauta de votação.
Os movimentos do último domingo, protagonizados pelas esquerdas no Brasil, já serviram como um balde de água fria na empolgação bolsonarista após a aprovação da urgência da votação.
O argumento de Temer — que já convenceu Mota e Paulinho — é de que, se o tema for votado agora, a derrota será certa. Ele sugere colocar o assunto na gaveta e deixar a poeira baixar.
Alguns bolsonaristas avaliam que a melhor estratégia é congelar a discussão e aguardar uma eventual ordem de prisão contra Bolsonaro. Caso ele seja encaminhado para a Papuda, isso poderia despertar um sentimento de compaixão da população.
Diante desse cenário, a estratégia deve mudar. É consenso de que a chamada PEC da Blindagem já está morta no Senado. Assim, para tentar salvar a proposta de anistia ou mesmo um abrandamento das penas, a ideia é trabalhar para que Bolsonaro, ao final, consiga ao menos uma prisão domiciliar.