Eu tenho um olhar bastante desconfiado quando leio notícias sobre fusões entre partidos, formação de federações e afins. As informações mais recentes indicam que o PP e o União Brasil estão próximos de uma fusão, supostamente motivada pelo interesse em formar uma grande bancada na Câmara. Duvido muito.
No mês passado, falava-se em uma possível fusão entre o PSDB e o PSD ou entre o PSDB e o MDB. Da mesma forma, não acreditei em nada. Se buscarmos notícias dos últimos anos, encontraremos dezenas de fusões anunciadas que nunca se concretizaram.
Não estou dizendo que fusões não possam ocorrer, mas sim que não acredito que elas se realizem entre partidos considerados grandes, como o União Brasil e o PP.
Meu argumento é simples: no jogo do poder, ninguém está disposto a abrir mão de uma fatia sequer. E, quando há em jogo os milionários fundos partidários, a resistência é ainda maior. Além disso, as questões locais, nos estados e municípios, são extremamente complexas, tornando os acordos de fusão ainda mais difíceis.
As fusões mais viáveis são aquelas entre um partido nanico e um maior ou entre vários partidos pequenos que buscam superar as cláusulas de barreira. Mas quando se trata da fusão entre dois partidos grandes, a situação se complica bastante.
Por mais que o noticiário trate algumas fusões como certas, eu, da minha parte, sigo com o meu ceticismo de sempre.
