Ezequiel finalmente falou. Mas disse o quê, exatamente?
O deputado Ezequiel Ferreira, presidente da Assembleia Legislativa, finalmente se pronunciou. Em entrevista concedida na cidade de Currais Novos, ele respondeu à pergunta sobre a possibilidade de disputar o Governo do Estado — uma possibilidade que havia sido levantada recentemente pelo ex-senador Garibaldi Filho.
E o que Ezequiel disse?
“Eu não descarto nenhum tipo de candidatura, até mesmo porque o político não pode descartar nada. Primeiro, agradeço a lembrança de um homem com a envergadura de Garibaldi. Mas é preciso fazer política ouvindo o povo — e é isso que farei. Caso, em algum momento, meu nome seja ventilado por um grupo ou por outro, irei analisar com frieza, com os pés no chão e com inteligência. E, se tiver respaldo popular, serei candidato ao governo, ao Senado, à Câmara Federal… seja ao que for.”
Embora a resposta não tenha sido exatamente esclarecedora — e tenha recorrido a vários chavões tão comuns no discurso político —, o fato é que Ezequiel finalmente abordou um tema que já havia dominado as manchetes há algum tempo.
O que chamou atenção na ocasião foi a origem da especulação: o próprio Garibaldi, político experiente, estrategista nato e conhecido por sua paciência, foi quem deu corda à ideia de que a aproximação entre Waltinho e Ezequiel indicaria uma eventual candidatura do deputado ao governo.
A minha leitura sobre a fala de Ezequiel é direta: dessa moita não sai preá. A resposta foi convencional, marcada por frases genéricas como “não descarto nada”, “vou ouvir o povo”, “se meu nome for citado, vou analisar com os pés no chão”, “se tiver apoio popular, serei candidato”. Ou seja, nada que sinalize uma reviravolta ou uma postura mais ousada do que a que já conhecemos.
Resta agora aguardar a próxima entrevista de Ezequiel — e torcer para que venha com algo além do óbvio.