Fátima Bezerra tem um plano

O estilo de Fátima Bezerra sempre foi assim: professora, calma, sem falar pelos cotovelos, e sempre executando alguma estratégia. Nem sempre ela acerta, mas não duvidem dela. Com a rejeição em alta, parecia um alvo fácil para a oposição deitar e rolar em 2022 — e vejam só, acabou reeleita no primeiro turno.

Digo isso para afirmar: Fátima Bezerra tem um plano em mente para 2026. E já está com a mão na massa. A governadora quer reunir no palanque governista PT, MDB, REDE, PCdoB, PV, PSOL, PSB, PDT, PSD e PP. Isso mesmo: dez partidos. Fátima projeta uma chapa com o PT na cabeça, tendo Cadu Xavier como candidato, e uma dobradinha para o Senado com ela própria e Zenaide Maia.

Com relação à vaga de vice, Fátima já conversou com o MDB, do vice-governador Walter Alves, mas considera oferecer o posto ao PP de João Maia. O nome em vista? Shirley Targino, esposa de João e ex-prefeita de Messias Targino.

O plano que Fátima está executando parte da premissa de que não haverá uma terceira via no Estado. A governadora não acredita que Allyson Bezerra vá montar, de forma independente, um terceiro palanque. E, para garantir isso, já começou a mexer os pauzinhos: está tirando Zenaide Maia do palanque de Allyson.

Alguém pode perguntar: “Oxe, não seria melhor Fátima deixar a oposição se dividir?” Como eu disse, Fátima tem um plano. E, nesse plano, uma oposição dividida seria um péssimo negócio em caso de segundo turno. Provavelmente, eles estariam juntos na segunda etapa da eleição e, com a polarização em alta, acabariam se fortalecendo.

A governadora acredita que, em 2026, o debate sobre democracia, direita e esquerda, conservadores e progressistas estará mais vivo do que nunca. E, segundo seus cálculos, no Rio Grande do Norte, a esquerda — capitaneada por Lula — tem tudo para sair vitoriosa desse embate.

Compartilhe agora:

MAIS POSTS