Se eu fosse um dos adversários políticos do prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra, não apostaria nenhuma ficha na possibilidade de ele sofrer algum contratempo judicial capaz de atrapalhar sua candidatura. Embora existam investigações abertas, ações em andamento e torcida na arquibancada para que algo aconteça, não vejo nenhum impedimento a curto prazo.
As investigações conduzidas pelo Ministério Público, tanto estadual quanto federal, até agora apresentam pouco de concreto e muito de especulação. Ser investigado não é novidade: praticamente todo agente público que executa orçamento — prefeitos e governadores, em especial — enfrenta questionamentos. É praxe.
Boa parte desses procedimentos são preliminares, abertos a partir de denúncias ou notícias-crime. Caso surjam indícios sólidos, eles podem evoluir para uma investigação formal. Só depois dessa fase o MP decide se denuncia ou não. Se houver denúncia, ainda dependerá da Justiça aceitar, para então virar ação judicial.
Não estou dizendo que Allyson jamais responderá a algum processo, pois não tenho acesso ao teor das investigações. Mas, no curto prazo, não há sinais de ação judicial capaz de inviabilizar sua candidatura em 2026. Nem mesmo em termos de imagem isso deve pesar, já que ser investigado, por si só, não é algo extraordinário. Muitas vezes, adversários políticos forçam a barra em “notícias-crime”, e o MP, por obrigação, precisa apurar.
Nas ações que já tramitam, Allyson tem acumulado vitórias. Cada decisão favorável frustra a esperança dos adversários. A mais recente foi no Tribunal de Contas, que considerou improcedentes as denúncias apresentadas pelo ex-presidente da Câmara, Lawrence Amorim, sobre supostas irregularidades na gestão fiscal de 2024.
Diante desse cenário, salvo se surgir um fato novo com efeito de tsunami, não acredito que Allyson enfrente dificuldades nessa área. Hoje, não há nada que ameace o registro de sua candidatura ao Governo em 2026.
