Quase não conheço o vice-prefeito Marcos Medeiros. Nossas interações foram rápidas, geralmente cumprimentos protocolares. A única vez em que conversamos de fato foi na saída de um culto, por cerca de 30 segundos.
Em janeiro de 2026, Marcos assumirá a Prefeitura de Mossoró, após a renúncia de Allyson Bezerra para disputar o Governo do Estado. Marcos ficará no cargo de prefeito de fato e de direito por três anos, ou seja, três quartos do atual mandato.
Por não conhecê-lo bem, procurei ouvir pessoas próximas, coletar impressões e montar um perfil para compreender melhor o que pensa e como age o futuro prefeito. A primeira constatação é clara: Marcos não deve tentar imitar Allyson, especialmente nas redes sociais, onde a cópia soa artificial e até constrangedora.
O que mais se destaca em seu perfil é a humanidade. Relatos apontam que Marcos é sensível, solidário e sempre disposto a ajudar. Virtudes que, paradoxalmente, podem ser um desafio no exercício da Prefeitura, onde decisões duras e negativas são inevitáveis. Ainda assim, aparece como um profissional ético, competente, pacífico e de índole ordeira — muito diferente do estilo de Allyson, visto como vaidoso, centralizador e, por vezes, perseguidor.
Ao que parece, Allyson escolheu Marcos como vice pela confiança: sabe que ele não o trairá. Marcos transmite lealdade e gratidão. As impressões que tive são muito positivas, ainda que isso, por si só, não garanta sucesso administrativo. O tempo mostrará.
Minha sugestão a Marcos é que, ao assumir a Prefeitura, mantenha sempre sua visão humilde e humanista. A política e o poder podem ser instrumentos de Deus para a boa obra. Se Allyson parece ter se esquecido disso, espero que Marcos não esqueça.