Tenho sempre ouvido comentários e avaliações a respeito do vice-prefeito de Mossoró, Marcos Medeiros — tanto positivos quanto negativos. A questão recorrente gira em torno da possibilidade de, muito provavelmente, em abril de 2026, ele assumir a Prefeitura de Mossoró, após a renúncia do prefeito Allyson Bezerra, que sairá para disputar o Governo do Estado, e caberá a Marcos cumprir o restante do mandato até 31 de dezembro de 2028.
Há quem questione a capacidade de Marcos para assumir tamanha responsabilidade. Alguns insinuam uma subordinação exagerada em relação a Allyson, enquanto outros já bajulam o vice-prefeito, vislumbrando o poder da caneta.
A pergunta que sempre faço a mim mesmo diante desses questionamentos é: alguém faria diferente do que Marcos está fazendo?
Marcos Medeiros me parece plenamente consciente das circunstâncias e do papel que lhe cabe no momento atual. Vejo sabedoria, adequação e paciência na sua postura. Ele sabe que pertence a um grupo político que tem um líder, está alinhado com o pensamento desse líder e demonstra fidelidade ao grupo político ao qual pertence.
A coerência de Marcos e sua fidelidade ao seu grupo político, mostram o seu caráter. Seria justo que ele agisse de forma diferente? A torcida da oposição para que ele “chute o pau da barraca” faz parte do jogo político — nada mais que isso. Mas, Marcos não tem motivos para agir diferente, ele está prestigiado pelo prefeito, tem tido uma atenção adequada e tem sido alçado a um papel de destaque.
Não tenho procuração para defender Marcos, mas faço esta análise porque percebo nele uma pessoa bastante inteligente. E coerente. Marcos sabe que está sendo preparado para assumir a Prefeitura. Ele tem consciência de que o prefeito tem dado sinais públicos de confiança em seu nome.
O interessante nessa situação é que Marcos está sendo julgado a todo momento — por aliados e oposicionistas. Seus passos, suas falas, tudo é observado. Um tropeção vira meme. Uma fala rende um debate.
Por isso, acredito que Marcos tem agido com inteligência. Não tem ultrapassado o espaço que lhe cabe, tem sido discreto na exposição de imagem e coeso no papel que lhe cabe como vice-prefeito.
Mas, Neto, até agora você não respondeu se o vice-prefeito é capacitado ou não?
Bom, no papel de vice-prefeito eu posso opinar. Marcos compreende exatamente o espaço que lhe compete — e isso não é algo simples. Vice é vice. É apenas um substituto eventual. Não tem outro papel , a menos, que alguma missão lhe seja destinada pelo titular. O risco de o poder subir à cabeça é grande. Mas, ele me parece paciente e tranquilo em sua função.
Como prefeito, depois de assumir, o tempo trará a resposta.
Por ora, o que vejo é uma pessoa coerente, discreta, fiel ao seu grupo e consciente do que é apenas o vice. E, convenhamos, nem todo mundo tem essa capacidade.