O prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra, já demonstrou compreender que a campanha eleitoral de 2026 deve ser pautada pela discussão de grandes temas de interesse para o Estado, e não por disputas ideológicas menores. Seu objetivo é evitar a polarização que deve dominar o discurso de petistas e bolsonaristas.
A proposta é colocar em debate áreas como desenvolvimento, educação, saúde, geração de emprego e renda, além das potencialidades do Rio Grande do Norte. Allyson pretende confrontar suas realizações à frente da Prefeitura de Mossoró com as ações da governadora Fátima Bezerra. Ele acredita que essa comparação será vantajosa.
Entretanto, a saúde pode não ser um ponto forte de sua gestão. Os resultados obtidos até agora têm sido negativos.
Vou contar alguns exemplos: no meu grupo de oração, uma pessoa comemorou a marcação da cirurgia do irmão, que será realizada em… Assu; outro caso foi de uma cirurgia marcada em… Caraúbas. Em Mossoró, há oito meses não se agenda cirurgias eletivas.
Um amigo, dono de uma pequena farmácia de bairro, relatou que diariamente de oito a dez pessoas chegam da UBS próxima para comprar itens básicos, como gases, seringas e esparadrapos, por falta de insumos. Nas UPAs, não há equipamentos para um simples exame de sangue, pois os aparelhos foram retirados pela empresa responsável após meses sem pagamento. No Centro Clínico, faltam materiais para exames.
Esses são casos que eu ouvi, dito por pessoas comuns que testemunham todo dia os problemas da saúde em Mossoró. Essas situações, contadas por cidadãos comuns, revelam problemas reais que afetam justamente quem mais precisa: a população mais simples, dependente do serviço público de saúde.
Veja bem, não estou aqui escrevendo para “bater” no prefeito ou para desconstruir a gestão. Estou trazendo informações verdadeiras sobre um problema que requer atenção. Infelizmente, essa é uma realidade que atinge a quem mais precisa.
Por isso, é positivo que o prefeito queira um debate político em 2026 sobre os verdadeiros problemas do Estado. No entanto, se ele não tomar medidas urgentes para melhorar a saúde em Mossoró, poderá enfrentar críticas duras. Será difícil explicar à população a falta de recursos para cirurgias, exames e insumos básicos, enquanto não faltam verbas para eventos, banquetes, shows e viagens.