O vai-não-vai de Rogério: Flávio Bolsonaro anunciou Marinho como seu coordenador de campanha

E já estou aqui de novo para falar do senador Rogério Marinho e do seu vai-e-não-vai na candidatura ao Governo do Estado.

Segundo Flávio Bolsonaro, horas depois de anunciar que fora ungido pelo pai para ser candidato à Presidência da República em 2026, revelou que Rogério Marinho seria o coordenador de sua campanha. Sem meias palavras, Flávio fez o anúncio de que, de agora em diante, seria Rogério quem conduziria o processo.

Bastou Flávio fazer o anúncio e, aqui no RN, já surgiram manchetes apontando que Rogério teria que desistir da candidatura para assumir a coordenação da campanha de Flávio.

Como Flávio fez o anúncio de forma pública, Rogério não tinha como desmentir. Preferiu, então, dizer que permanecia “candidatíssimo” ao Governo e que seria possível conciliar as duas coisas.

Aí, vamos com calma — não abusem da nossa inteligência.

Ora, Rogério querer dizer que é possível tocar uma candidatura ao Governo aqui no RN, percorrendo 167 municípios, fazendo caminhadas, comícios, carreatas, e ainda assim conseguir acompanhar 27 estados brasileiros e participar de todas as reuniões de coordenação de uma campanha presidencial… isso já é um pouco demais.

Eu penso que consigo entender a situação de Rogério. Não é fácil se equilibrar nessa corda bamba, com um pé no Norte e outro no Sul.

Por um lado, Rogério não pode dizer que vai desistir de disputar o Governo para coordenar a campanha de Flávio. Por que a essa altura do jogo só Deus, lá no Céu, sabe se Flávio será mesmo candidato e se sua postulação dura até a semana que vem.

Ao mesmo tempo em que não pode desistir de ser governadorável, Rogério precisa marcar posição até que tudo esteja definido. Então, está explicado por que ele prefere dizer que dá para conciliar. Vamos fazer de conta que é isso mesmo, sejamos complacentes com o jogo de palavras de Rogério — afinal, nem ele próprio sabe onde tudo isso vai dar.

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