Não me recordo de uma campanha eleitoral no Rio Grande do Norte que tenha começado de forma tão antecipada como esta de 2026. Houve campanhas que movimentaram os bastidores cedo demais, mas essa, atualmente, está praticamente nas ruas como os candidatos já pedindo votos.
O processo está tão adiantado que já se percebem chapas quase montadas. Rogério Marinho e Styvenson, Kadu Xavier e Fátima Bezerra, Alysson Bezerra e Zenaide, são as duplas cantadas aos quatro ventos. E ainda tem a pré-candidatura de Álvaro Dias num projeto solo, mas que nem por isso, merece ser desqualificada.
Contribuem ainda para formar esse cenário da campanha antecipada os movimentos diários dos contendores. Rogério anuncia uma peregrinação pelo Estado a partir de março, certamente com Styvenson a tiracolo. Kadu Xavier avisa que está colocando o time em campo. Alysson Bezerra vem desde o final do ano passado tocando uma agenda político que prioriza conversas com prefeitos e prefeitas.
Fica bem claro que há um responsável por toda a antecipação: o senador Rogério Marinho. As urnas de 2024 mal haviam sido fechadas quando Rogério anunciou aos quatro cantos do Estado seu projeto de disputar o Governo em 2026. Sem rodeios, foi um querer querendo, sem titubear, aproveitando o calor de janeiro para fazer um ato à beira da praia com força de um lançamento de pré-candidatura. E, sem surpresa, já recebendo apoios oficiais.
Rogério é habilidoso. Sabe que o Governo patina em suas próprias indefinições e que Allyson tem a Prefeitura de Mossoró para administrar. Com o “melé solto”, ele aproveita os obstáculos dos seus oponentes e dá largada, visando correr sozinho por um ano inteiro. Depois do carnaval, lá estará Rogério, de cidade em cidade subindo de coreto em coreto, palanque em palanque, de calçada em calçada.
Conseguirá Rogério lograr êxito com sua esperteza? Sua estratégia é realmente tão acertada? Esse será assunto de uma próxima postagem.
