Tivemos sete pesquisas divulgadas nos últimos meses no Rio Grande do Norte, trazendo fotografias sobre a disputa ao Governo em 2026. Todas elas foram lideradas pelo prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra. Foram duas pesquisas Seta, duas Consult, uma TS2, uma Paraná Pesquisas e uma Datavero. Como o prefeito liderou todas elas, vamos relembrar.
Relembrando os números de Allyson:
- Paraná Pesquisas (março): 37,8%
- Seta (abril): 39,4%
- Consult (maio): 30,9%
- Seta (junho): 31,3%
- TS2 (julho): 37,2%
- Datavero (agosto): 30,7%
- Consult (agosto): 33,2%
Fazendo uma média simples das sete pesquisas, Allyson teria 34,4% das intenções de voto.
É importante entender que são levantamentos de institutos diferentes, com metodologias distintas, o que não permite uma comparação direta dos números. O tamanho da amostragem e o período de coleta são variáveis que dificultam análises lineares.
Ainda assim, algumas informações podem ser extraídas. Nas duas primeiras pesquisas, Allyson apareceu próximo aos 40 pontos, mas caiu nas rodadas seguintes. Já comentei aqui sobre o que chamo de “teto baixo” do prefeito: ele concentra cerca de um terço do eleitorado, enquanto os outros dois terços, ao ouvirem seu nome, não declaram intenção de voto.
Nada impede que Allyson cresça além disso — é até esperado que ocorra —, mas é fato que esse crescimento exigirá maior esforço, como uma montanha mais íngreme a ser escalada.
A um ano do pleito, esse terço de eleitores que já declaram voto no prefeito corresponde a um grupo que o conhece, simpatiza com ele e traduz isso em intenção de voto. A conquista de novos apoios, além desse núcleo, requer mais informações, mais argumentos, mais trabalho de convencimento e enfrenta maiores dificuldades para cristalizar o voto.
Esses são desafios naturais de campanha, que podem ou não ser superados, dependendo das estratégias e do marketing adotados. O crescimento espontâneo já se consolidou; daqui em diante, ampliar a base de apoio exigirá esforço redobrado.
