Os resultados das duas pesquisas divulgadas nos últimos dias no Rio Grande do Norte revelam um dado curioso sobre o cenário eleitoral. Trata-se da situação do pré-candidato do PT ao Governo do Estado, Cadu Xavier.
Na pesquisa Sensatus, Cadu aparece com 23,2% das intenções de voto. Já no instituto Datavero, considerando um cenário com os mesmos nomes, o petista marca 6,23%.
A diferença de quase 17 pontos percentuais, entre levantamentos realizados praticamente no mesmo período, chama atenção.
Uma explicação está no formato da apresentação dos cenários aos eleitores. O Sensatus apresentou o nome de “Cadu, o candidato de Lula”, enquanto o Datavero mencionou apenas “Cadu Xavier”, sem o complemento.
Essa diferença é suficiente para tirar algumas conclusões.
Lula será o principal eleitor de 2026 e tende a exercer forte influência sobre os cenários regionais — especialmente no Nordeste, onde a associação com o presidente costuma impulsionar candidaturas. Isso não significa que Cadu Xavier repetirá a votação de Lula, mas sim que à medida que o eleitor associar Cadu a Lula, suas intenções de voto devem crescer.
O quanto ele pode crescer? É impossível prever neste momento.
Tudo dependerá de como o governo Lula chegará ao segundo semestre de 2026 — desempenho econômico, inflação, aprovação popular, entre outros fatores. Se o contexto for favorável a Lula, também será favorável a Cadu Xavier no Rio Grande do Norte.
Hoje, os números já indicam que a vinculação entre Lula e Cadu impulsiona o nome do petista no Estado. A diferença entre as duas pesquisas é um reflexo direto disso.
Por fim, é cedo demais tanto para descartar Cadu Xavier, com base nos 6% da Datavero, quanto para comemorar os 23% da Sensatus.
A fotografia atual é apenas panorâmica — e precisa ser observada com tudo o que está ao redor dos personagens.






