Embora o prefeito de Mossoró, Allyson Bezerra, apareça como favorito na disputa, seja pelas pesquisas divulgadas, seja por sua popularidade que se espalha pelo Estado, ele não terá facilidades para consolidar um palanque para 2026.
O prefeito não terá vida fácil, a começar por sua própria cidade, onde já enfrenta uma oposição mais contundente, organizada e motivada. Há um trabalho diligente em execução na desconstrução de sua imagem. Allyson nem de longe terá a administração tranquila e confortável que teve no primeiro mandato.
Outro dificultador é que Allyson não tem controle do partido político ao qual está filiado. Não é o capitão da embarcação; está a reboque. A qualquer momento, o partido poderá lhe faltar. A intenção declarada do prefeito Paulinho Freire e de um grupo em torno dele é levar o União Brasil ao palanque de Rogério. Mais cedo ou mais tarde, essa é uma bomba que vai explodir.
Por fim, há a questão com Zenaide. A senadora é alvo da cobiça dos petistas e pode ser atraída ao palanque governista. Não tenho dúvidas de que Zenaide fará o que achar que for melhor para sua eleição; sua fidelidade estará, em primeiro lugar, com sua própria eleição. Caso Zenaide ceda aos encantos petistas, leva com ela também o plano B de Allyson, que seria uma filiação ao PSD caso o União Brasil lhe feche a porta.
O grande trunfo de Allyson é sua fama de bom gestor. Além de ser quem melhor utiliza as redes sociais, o prefeito tem carisma eleitoral próprio, diferente dos seus opositores que patinam nessa área.
Sobre Zenaide Maia, considero sua situação eleitoral bem complicada. As pesquisas indicam disparadamente Styvenson Valentim como favorito ao Senado. Fátima é muito forte, e Álvaro Dias é um concorrente que não pode ser subestimado. Por isso mesmo, acredito que Zenaide não terá desafios pequenos. Seu sucesso eleitoral vai depender essencialmente de como costurar alianças para fortalecer seu palanque.