Acontece hoje o anúncio oficial da criação da Federação “União Progressista”, que unirá o PP (Partido Progressista) e o União Brasil. Os dois partidos passam a atuar oficialmente como uma única sigla pelos próximos quatro anos. Isso significa que não poderão estar em palanques diferentes nas disputas majoritárias e terão uma nominata unificada nas eleições proporcionais.
E qual o impacto dessa união no Rio Grande do Norte?
A primeira informação relevante é que, no RN, o controle da nova federação ficará sob responsabilidade do União Brasil. Isso não exclui a participação do PP e de João Maia nas decisões, mas a palavra final caberá ao União.
A criação da federação inviabiliza uma possível aliança entre João Maia (PP) e a governadora Fátima Bezerra. As partes vinham dialogando, e chegou-se a cogitar que Shirley Targino, esposa de João Maia, poderia assumir uma secretaria no governo estadual. Com a nova configuração, essa hipótese está descartada.
A mudança também levanta dúvidas sobre a permanência de João Maia no PP. Até o momento, ele não se pronunciou sobre sua satisfação com o novo arranjo político. O mesmo vale para Robinson Faria, que estava prestes a ingressar no PP. Com o novo cenário, resta saber se ele manterá essa decisão.
Em Mossoró, a federação cria uma situação inédita. A ex-governadora Rosalba Ciarlini e o ex-deputado federal Beto Rosado, ambos do PP, passariam, em tese, a estar politicamente subordinados ao prefeito Allyson Bezerra, do União Brasil, já que as decisões da federação serão centralizadas no partido dele. Isso pode gerar desconfortos e reacomodações.
Outro efeito prático da federação é a formação de uma nominata robusta para a disputa por vagas na Câmara dos Deputados em 2026. Nomes como Benes Leocádio, Carla Dickson, João Maia, Robinson Faria, Nina Souza, Érico Jácome, além de possíveis representantes de Mossoró (como Thiago Marques) e Parnamirim (como Kátia Pires), desenham um verdadeiro “chapão” dentro da União Progressista.
