O PSDB no Rio Grande do Norte conta os dias para virar pó. O senador Styvenson Valentim, que já detém informalmente o controle do partido, ainda não deu um único passo para organizar a sigla com vistas às eleições de 2026. Não visitou diretórios, não dialogou com lideranças municipais e sequer tratou da formação de nominatas ou qualquer estratégia partidária.
Enquanto isso, o deputado Ezequiel Ferreira, que ainda figura oficialmente como presidente estadual do PSDB, também já deixou a legenda de lado. Com as malas prontas para o MDB, é nesse novo destino que Ezequiel tem concentrado todos os seus esforços e articulações.
A situação do PSDB potiguar pode ser resumida da seguinte forma: Styvenson não está ligando e Ezequiel não está cuidando. Os filiados, cientes desse abandono generalizado, já procuram abrigo em partidos que ofereçam sombra e perspectiva. Em 2026, o que restará será apenas a carcaça de uma sigla esvaziada — o espólio do que um dia foi um partido relevante no estado.
Ezequiel deve sair oficialmente do PSDB durante a janela partidária de março de 2026, acompanhado por outros quatro deputados estaduais que ainda estão filiados à legenda. A debandada será completa.
O grande problema é que Styvenson não demonstra nenhuma aptidão para o comando partidário. Ele se elegeu senador pela Rede Sustentabilidade, depois migrou para o Podemos e agora está no PSDB. Em nenhuma dessas legendas demonstrou esforço para fidelizar quadros ou manter lideranças engajadas.
Os ex-filiados do Podemos, aliás, têm lembranças amargas da articulação de Styvenson nas eleições de 2020, 2022 e agora em 2024. O saldo foi dor de cabeça e frustração generalizada.
Diante desse cenário, tudo aponta para que, a partir de 2026, o PSDB no Rio Grande do Norte se transforme apenas em uma sigla sem relevância, sem quadros e sem projeto político.