O brasileiro tem mais medo da reeleição de Lula ou da volta de Bolsonaro?

No cenário da política nacional, a divulgação da mais recente pesquisa Quaest trouxe um novo tema para discussão. Com rejeições estratosféricas, Lula e Bolsonaro estão no centro de uma polêmica: o brasileiro tem mais medo da reeleição de Lula ou da volta de Bolsonaro?

Segundo a pesquisa, os brasileiros têm medo das duas opções em igual medida. 55% dos entrevistados afirmaram que não votariam em Bolsonaro de forma alguma, enquanto 55% também disseram que não querem Lula novamente na presidência.

Da mesma forma que empatam na rejeição, os dois estão tecnicamente iguais nas intenções de voto, de acordo com a Quaest. 41% dos eleitores afirmaram que conhecem e votariam em Lula, enquanto 39% declararam que conhecem e votariam em Bolsonaro.

E agora? Eles são, ao mesmo tempo, os dois melhores e os dois piores candidatos.

Sem me aprofundar muito nessa discussão – até porque boa parte dela se resume a uma disputa entre torcidas –, o que mais me chama a atenção é a análise do voto pelo critério do medo.

Mais da metade da população vota em um candidato por medo do outro.

Diante dessa realidade, as estratégias eleitorais deixam de se concentrar na apresentação das qualidades de cada candidato e passam a focar na tentativa de assustar ainda mais o eleitor quanto ao mal que o adversário pode causar.

Não me estendo mais nessa análise por um motivo simples: Bolsonaro não será candidato. Portanto, não vale a pena aprofundar essa discussão. Mas o voto baseado no medo é, sem dúvida, um fenômeno interessante a ser estudado.

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