A administração da governadora Fátima Bezerra é reprovada por 64,5% dos eleitores do Estado, segundo a Paraná Pesquisas, conforme números divulgados na Quarta-feira de Cinzas. Apenas 18,5% dos entrevistados dizem aprovar o governo.
Em outra pesquisa, divulgada na sexta-feira pelo Instituto Consult, Fátima Bezerra teve sua gestão desaprovada por 68,1% dos entrevistados, enquanto 18,0% afirmaram aprovar.
São duas pesquisas com números muito próximos, realizadas praticamente no mesmo período e que, juntas, ouviram quase 3 mil eleitores.
Não há razão para desacreditar que esses números refletem a realidade: dois de cada três eleitores do RN desaprovam a forma como a governadora vem conduzindo o Estado.
Sem querer mergulhar nas causas da rejeição — já há muitas análises sobre isso, com argumentos suficientes para esclarecer o diagnóstico — meu foco é apenas destacar o que a governadora não está fazendo para reverter a situação.
Fátima não dá entrevistas tentando vender o que o governo faz de bom nem justificar os obstáculos. Fátima não percorre o Estado, não visita obras. Fátima não dialoga com as classes empresariais, a indústria, os políticos, os diversos segmentos da sociedade ou a população. Fátima não adota nenhuma estratégia perceptível de marketing para melhorar a imagem do governo. Fátima não interage. Fátima não demonstra entusiasmo em governar.
Considerando tudo isso, não é difícil prever que os números podem cair ainda mais. Se tiver sorte, conseguirá, no máximo, estancar essa queda. Subir? Já é outra história.